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“Conflitos devem ser resolvidos de forma pacífica”, defendeu Macamo na TICAD

Foto: O País

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação defende paz e diálogo construtivo para a resolução de qualquer conflito. Para Verónica Macamo, que falava, fim-de-semana findo, na Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD), é urgente a erradicação do terrorismo.

Moçambique debate-se com o terrorismo há quase cinco anos e o seu combate não mostra clareza de quando é o país vai travar este fenómeno. Este tema foi colocado à mesa de debate na reunião ministerial virtual da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África.

“Moçambique, como vítima do terrorismo, considera urgente erradicar este fenómeno”, diz a governante, que avança que “neste contexto, propomos que o seu combate seja uma das prioridades da parceria que o TICAD pretende estabelecer”, afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, ao discursar na tarde de domingo, na reunião ministerial da TICAD, que decorreu durante dois dias (sábado e domingo), em formato virtual, a partir de Tóquio, capital do Japão.

No evento, a governante reiterou a posição de Moçambique, sobre a resolução pacífica dos conflitos, assente num diálogo construtivo. E este discurso surge num contexto em que o país sempre defendeu este caminho para a guerra Rússia-Ucrânia, sem se posicionar a favor ou contra uma das partes.

“Gostaria de reiterar que Moçambique defende a solução pacífica de conflitos, uma solução centrada no diálogo construtivo, que tem em vista acabar com a morte e o sofrimento das pessoas causados pela guerra“,

A ministra acrescentou ainda que Moçambique tem esperança em ver conjugados os esforços e sinergias necessários na busca de soluções que permitam ultrapassar desafios associados à consolidação da paz e segurança, ao combate à pobreza, à promoção do desenvolvimento económico e social e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

“A solução desses desafios contempla a priorização de investimento no capital humano; a capacitação institucional; a promoção da transferência de tecnologias amigáveis ao meio ambiente que possibilitem maior empregabilidade da juventude; e de investimento empresarial virado à sustentabilidade económica dos países africanos”, detalhou a titular do pelouro da diplomacia moçambicana, no decurso de debates do painel sobre a paz, estabilidade e segurança da TICAD, onde identificou o terrorismo e o extremismo violento como sendo duas das “maiores ameaças no mundo moderno”.

Outro ponto que constou da intervenção da ministra tem a ver com a COVID-19. E neste aspecto, a governante apelou para a necessidade de elevar os níveis de vacinação da população africana.

“O Japão, no âmbito da TICAD, continuará a desempenhar um papel de liderança no fortalecimento da cooperação na área da saúde, tanto a curto prazo através do programa de vacinação, como a médio e longo prazos, através da criação de condições para a produção de medicamentos, especialmente vacinas contra a Covid-19”, concluiu.

No encontro virtual de dois dias, que terminou este domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros africanos e japonês avaliaram o estágio de implementação das acções acordadas na cimeira havida em 2019 e preparar a de Agosto de 2022, na Tunísia.

A Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano é um fórum criado pelo Japão em 1993, que se reúne, regularmente, com os países africanos, para promover o diálogo político entre os líderes africanos e parceiros de desenvolvimento.

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