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Nyusi exige dos órgãos eleitos no congresso um partido do século XXI

Foto: O País

Na hora do encerramento do 12º congresso da Frelimo, o Presidente do partido exigiu, esta terça-feira, aos órgãos eleitos uma agremiação que responda aos desafios actuais da sociedade moçambicana e que consiga vitória nos pleitos eleitorais de 2023 e 2024.

“O Comité Central eleito tem a missão de preparar as condições para a vitória da Frelimo nas eleições autárquicas de 2023 e gerais de 2024. Esta preparação começa a partir do momento que saímos desta sala. Em nome dos todos os membros e simpatizantes, quero o camarada Roque Silva pela reeleição para o cargo de secretário-geral da Frelimo e exortamos para que promova o envolvimento de todos”, disse Nyusi.

Após felicitar os membros da Comissão Política eleitos, o Presidente da Frelimo pediu para que os integrantes discutissem abertamente os assuntos e que orientassem os outros órgãos do partido nas actividades do dia-a-dia. “Modernizem o partido. Queremos uma Frelimo deste século”, apelou o dirigente.

Quanto aos membros de honra, que foram eleitos na última segunda-feira, o Presidente do Comité Central disse que não estavam “autorizados a falhar” por se tratarem dos guardiões do partido.

No seu discurso de encerramento, Filipe Nyusi falou dos feitos do Governo e garantiu que tudo será feito para garantir bons resultados e com impacto na vida dos moçambicanos no quadro dos programas de desenvolvimento em curso no país.

 

NYUSI DESTACA “DESEMPENHO POSITIVO” DO PARTIDO FRELIMO NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS

Antes do encerramento do Congresso, o Presidente da Frelimo realizou, ao fim da tarde de ontem, um comício popular na Matola, que visava partilhar os resultados dos trabalhos do 12º congresso. Na ocasião, apresentou o secretário-geral reeleito do partido, Roque Silva, e os novos membros da Comissão Política e do Comité Central e destacou o “desempenho positivo” dos “camaradas” na governação do país, nos últimos cinco anos.

Perante os membros e simpatizantes da Frelimo, na cidadela da Matola, o recém-reeleito Presidente da Frelimo fez apresentação pública da nova estrutura do partido, mas também disse que ia ao comício para destacar aspectos positivos discutidos na Escola Central durante o 12º congresso do partido.

“Quando a Frelimo se reúne, não fala só da Frelimo, como também fala da vida de todos os moçambicanos, dada o seu impacto, e foram objectivos de apreciação do relatório do Comité Central, a revisão dos estatutos do partido, o programa do partido, a eleição do secretário-geral da Frelimo, os membros do Comité Central e da Comissão Política”, começou por dizer Nyusi.

No capítulo da governação, o Presidente da Frelimo diz que do 11º ao 12º congresso, apesar das adversidades, o país consolidou a paz, a democracia e volta a destacar o combate à corrupção.
“Ao analisar o relatório do Comité Central, os congressistas anotaram com satisfação que, apesar da situação internacional e das adversidades agravadas por efeitos nefastos da COVID-19, do terrorismo em alguns distritos das províncias da zona Norte, dos ataques da Renamo na região Centro do país e do impacto negativo dos eventos extremos da natureza, o desempenho do governo da Frelimo entre o 12º e o 12º congresso foi bastante positivo”, disse Filipe Nyusi.

No capítulo da agricultura e produção de alimentos, o Presidente da Frelimo destaca que, nos últimos cinco anos, houve incremento da produção. “A produção agrícola teve aumento em quantidade e qualidade. Ainda sobre alimentos, importa dizer que não estamos a dizer que somos auto-suficientes. Mesmo naquelas zonas onde se produz muito, ainda continuamos com problemas de subnutrição”, reconheceu Nyusi.

Na revisão dos estatutos do partido para a admissão de novos membros, passa a ser necessário que o candidato espere 90 dias para ser admitido. Os membros do partido passam a ser desencorajados a fazer comentários ou realizar acções que possam pôr em causa a imagem do partido e dos seus dirigentes.

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