Moçambique quer que os indianos instalem fábricas de medicamentos para a distribuição local e exportação. O objectivo da Confederação das Associações Económicas é garantir que o país transite de mero consumidor para produtor de medicamentos.
“Os Desafios da Industrialização do Sector de Farmacêutico” foi um dos temas de debate no Fórum de Negócios entre Moçambique e Índia, decorrido entre esta terça e quarta-feira, em Maputo. O presidente do Pelouro da Indústria na Confederação das Associações Económicas entende que é preciso atrair o investimento indiano no sector da produção de medicamentos.
“Temos de ter programas de transferência de tecnologias entre produtores indianos e moçambicanos, para que possamos aumentar a oferta de medicamentos. Mas também precisamos de investimentos no sentido de produzir e exportar os produtos”, disse Evaristo Madime.
Madime, que é também presidente da Sociedade Moçambique de Medicamentos, reconhece que há desafios em termos de fundos necessários para a instalação de indústrias no sector farmacêutico.
O Alto-comissário da Índia em Moçambique teve a oportunidade de participar na cerimónia de abertura do Fórum de Negócios.
“Moçambique também representa um dos grandes destinos dos nossos produtos farmacêuticos e cosméticos. Nós queremos manifestar o nosso tremendo interesse em incrementar a nossa parceria com Moçambique para benefício mútuo”, disse.
O ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, foi quem procedeu, virtualmente, à abertura do Fórum de Negócios, tendo destacado a importância estratégica da Índia no comércio e nos investimentos.
Os empresários moçambicanos e indianos dizem que o fórum entre os dois países é uma oportunidade para fecharem negócios e estimularem o desenvolvimento de Moçambique.
Entre os que participaram no Fórum de Negócios e os que expuseram os seus serviços e produtos, os empresários moçambicanos e indianos mostraram-se animados com o evento.
A maior parte das empresas indianas que participou no Fórum de Negócios entre os dois países já tem investimentos em Moçambique e procurava expandir os seus negócios no evento.