O país espera aumentar a quantidade de carga manuseada nos portos nacionais, de 48 milhões de toneladas registadas ano passado para 83 milhões de toneladas até 2024, e espera-se que o corredor de Maputo contribua com cerca de 22 milhões de toneladas.
Foi assinado, na última sexta-feira, um acordo entre os Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM) e a sul-africana Trasnet Freight Rail (TFR), que visa aumentar o número de comboios para transportar cromo e ferro-cromo entre os dois países, sem interrupções.
Segundo o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, o corredor de Maputo passa a contar, a partir deste mês, com 21 comboios por semana, que vão transitar entre os dois países, e os CFM passarão a fazer viagens de longo curso para a vizinha África do Sul.
“O acordo assinado vai muito além de um simples contracto. Trata-se de um paradigma em que se privilegia a cooperação como forma de melhorar a competitividade do corredor e privilegiar o posicionamento da região no mercado internacional”.
O pacto feito pelas duas administrações rodoviárias elimina, segundo o governante, as fronteiras físicas existentes entre os dois países, o que representa avanços na integração regional que os dois países almejam.
Outro ganho do contracto é que será reduzido o tempo de trânsito, o que vai contribuir para oferecer soluções logísticas mais eficientes e económicas aos clientes.
“Os nossos sistemas logísticos são complementares e, quando usados de forma integrada, agregam valor à economia e servimos melhor os utentes. Com este novo modelo operacional, tornar-nos-emos mais competitivos, eficientes e focados na prestação de um serviço de qualidade”, referiu.
Magala disse que esta é uma oportunidade para as linhas de navegação, os exportadores e outros actores na cadeia de logística atraírem e movimentarem mais cargas pelo corredor de Maputo.
Com o acordo, espera-se, ainda, o equilíbrio entre os transportes ferroviário e rodoviário e aliviar a pressão registada na EN4.
“O novo modelo deverá contribuir para que se atinja, o quanto antes, o equilíbrio necessário”, disse para depois desafiar os CFM, a Transnet e o Porto de Maputo a “acelerarem o processo de integração de sistemas com recurso às tecnologias de informação, que são, hoje, um imperativo e trarão segurança ferroviária, fiabilidade do sistema e eficiência do corredor”.
Mateus Magala quer das duas empresas ferroviárias soluções como esta para melhorias no transporte ferroviário de passageiros entre Moçambique e África do Sul.