O país está confiante na sua eleição a membro não-permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.
Texto: Julieta Zucula
Foto: O País
“Temos confiança que vamos ganhar sim, isso porque todos os países com quem temos falado dão-nos a garantia de que estão connosco, que querem que Moçambique esteja naquele órgão para contribuir para a paz, que é para nós algo especial, porque nós sabemos o que é não ter paz”.
É já no mês de Junho que o país saberá se faz ou não parte daquele órgão como membro não-permanente para o mandato 2023-2025. E a violência armada que o país tem enfrentado, desde a independência e cujas soluções são encontradas internamente, são, segundo Verónica Macamo, indicativo de que o país tem experiência a dar no que diz respeito ao diálogo para a resolução de conflitos.
Macamo reafirmou que a estadia de Moçambique naquele órgão vai contribuir para a paz no mundo, mas reconheceu que o trabalho não será apenas de Moçambique, mas de todos, do Conselho de Segurança quanto dos membros permanentes e os não-permanentes, que é o caso de Moçambique.
“Temos a esperança de que vamos ganhar, porque é isso que os países nos dizem”, confiou. E caso seja eleito, já se sabe por onde começar a trabalhar.
“Primeiro vamos trabalhar para que o diálogo seja uma máxima de todos os países para resolverem as suas diferenças, porque diferenças existem, existiram e sempre existirão. Pensamos que o diálogo vai ajudar a resolver as diferenças de uma forma pacífica, porque a paz é uma das coisas mais importantes, se não temos paz não conseguimos resolver os problemas ou atacar os desafios que ainda temos”, explicou a chefe da pasta dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Foi em Setembro do ano passado que o Presidente da República lançou, oficialmente, a candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A candidatura já tem apoio garantido da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, da União Africana e simpatia da CPLP.