O Hospital Provincial de Tete (HPT) está com um baixo stock de sangue, o que está a preocupar as autoridades. O ideal para o hospital tem sido um armazenamento de pelo menos 100 unidades, mas neste momento a quantidade do líquido está abaixo da metade.
A maior unidade sanitária da província de Tete se ressente, há uns meses, da falta de sangue.
“Neste momento os nossos stocks não são estáveis e temos entre 40 e 50 unidades”, revelou ao “O País” Neide Duarte, directora do hospital, para quem a quantidade disponível “não é ideal para a unidade sanitária”, devido a questões como os acidentes de viação ou então a maternidade, que em menos de 24 horas podem demandar 20 unidades.
Conforme avançou Duarte, a principal causa para a falta de sangue no HPT é o Coronavírus que tem condicionado a afluência dos dadores.
“Naturalmente, por causa da COVID-19 em que as instituições estão fechadas, o número de dadores reduziu. Mas com o relaxamento das medidas, a gente apela para que voltemos a fazer as nossas doações de modo a termos os nossos stocks estáveis”, disse a responsável, tendo lembrado que “o ano está a terminar e daqui a pouco vem a quadra festiva, época na qual tem havido muita necessidade do líquido”.
E neste momento, a quantidade ideal do líquido no HPT seriam, pelo menos, 100 unidades. “100 unidades já dá para nós nos sentirmos minimamente relaxados”, afirmou.
E para estar relaxado, o HPT já está a contactar os habituais parceiros como as instituições religiosas, as instituições de ensino e as demais.
“Estamos a bater todas as portas possíveis que é para ver se conseguimos aqueles stocks. Acreditamos que em um mês ou um mês e meio já teremos um nível normal no nosso HPT”, expressou a directora.
Lembrar que o HPT recebeu há menos de duas semanas 10 vítimas de um acidente de viação, entre as quais cinco óbitos e igual número de feridos. E neste tipo de contextos, a demanda de sangue na unidade sanitária tem sido maior.