O ministro da Saúde garante que decorrem conversações para evitar que os médicos entrem em greve. A classe anunciou a paralisação de actividades a partir do dia 7 de Novembro.
Armindo Tiago diz que os médicos não têm intenção de fazer greve, mas sim ver as suas preocupações resolvidas.
A paralisação de actividades por parte da classe médica surge em reacção às injustiças que os médicos dizem haver na nova Tabela Salarial Única.
Falando em entrevista ao “O País”, Armindo Tiago disse que tudo está a ser feito para que os serviços de saúde não sejam interrompidos.
“Teoricamente, a greve surge no decorrer de problemas de enquadramento, mas a Tabela Salarial Única deve ser vista como uma alteração profunda na administração. Assim, é previsível que neste processo possam ocorrer erros, por esta razão o legislador criou uma comissão que é para receber, analisar e dar resposta às inquietações dos funcionários públicos”, explicou Armindo Tiago, acrescentando que a Comissão de Enquadramento vai analisar as reclamações do caderno reivindicativo, apresentadas na última sexta-feira, ao Ministério da Saúde.
“Já tivemos um encontro com a associação e com a Ordem dos Médicos e ficou patente que é só a conversa que vai garantir que todas as questões levantadas, em função das possibilidades, sejam resolvidas. Uma vez resolvidas as questões, achamos que a greve não vai acontecer”, referiu Tiago.
Das reclamações dos médicos, segundo um documento da Associação Médica, constam a redução de salários e dos subsídios de risco e de exclusividade.