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Ministro da Saúde remete esclarecimentos sobre falta de pagamento de subsídios médicos ao HCM

Os subsídios para os médicos e outros profissionais que estão na linha da frente no combate à pandemia da COVID-19 foram anunciados em Fevereiro deste ano pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, contudo, muitos ainda não viram reflectidos nas suas contas.

Confrontado esta segunda-feira sobre o assunto, o responsável pelo sector da Saúde diz que o Hospital Central de Maputo é administrativa e financeiramente autónomo para efectuar os pagamentos em atraso.

“Nós já direcionamos essa matéria. Os subsídios são pagos pelos hospitais, porque eles têm autonomia para processá-los”, disse o ministro de Saúde, Armindo Tiago.

Recentemente, representantes administrativos do Hospital Central de Maputo (HCM) reuniram com os Médicos sem salários desde Janeiro deste ano, para lhes explicar, segundo apuramos, que a falta de pagamentos dos ordenados “se deve ao atípico procedimento da sua contratação, numa situação de emergência”.

Na ocasião, foi mencionada a questão do envio das folhas salariais ao Ministério da Saúde, e ficado garantias de que todos os procedimentos estavam a ser feitos para que a questão fosse resolvida.

No entanto, esta segunda-feira, o Ministro da Saúde disse que “em relação a esse pagamento, deve ser o Hospital Central de Maputo a dar a justificação sobre os atrasos”.

 

VARIANTE INDIANA

Já sobre a existência da variante indiana do novo Coronavírus em Moçambique, Armindo Tiago não confirmou, nem desmentiu as informações, tendo apenas avançado que, neste momento, decorrem investigações.

“Pode haver até uma variante moçambicana, desde que se faça a investigação. O que nós estamos a fazer neste momento é testar parte das nossas amostras e faremos o mesmo para outras variantes descritas”, frisou o governante.

Para já, o ministro assegura que “nos próximos tempos, quando tivermos resultados, podemos dizer se já temos ou não em circulação no país a variante indiana”.

Armindo Tiago falava na inauguração de um mural pintado em homenagem aos profissionais de Saúde afectos à área de prevenção e combate à COVID-19.

No evento, Armindo Tiago anunciou que, nos próximos dias, os médicos e enfermeiros poderão ser formados em cuidados intensivos sem necessidade de concorrerem aos exames de admissão.

“Tivemos um encontro com a Associação e Ordem dos Médicos e chegámos à conclusão de que esses jovens bravos e corajosos merecem ser reconhecidos. Vamos garantir que os médicos e enfermeiros possam entrar para cursos de especialidade em Cuidados Intensivos sem precisar de exame”, garantiu.

Tiago acrescentou ainda que “vamos garantir que todos aqueles que são médicos e assim o quiserem entrem imediatamente para essa especialidade de Cuidados Intensivos para que hoje e sempre contribuam para salvar vidas”.

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