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Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação exige prestação de contas dos cônsules honorários

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, exige prestação de contas dos cônsules honorários, com vista a facilitar a actuação do Governo na defesa dos interesses dos moçambicanos na diáspora.

Verónica Macamo, que falava durante a abertura do quarto Seminário dos Cônsules Honorários de Moçambique, justifica que esta acção vai permitir avaliar o desempenho dos cônsules honorários e partilhar experiências enriquecedoras com outras instituições.

“Com efeito, estamos a trabalhar para introduzir um Sistema de Avaliação de Desempenho Orientado para Resultados, como instrumento de avaliação conjunta do vosso trabalho, identificação de oportunidades, desafios e constrangimentos, bem como procedimentos para a planificação da vossa actividade futura. Ilustres cônsules honorários, a prestação regular de contas é um elemento determinante para o sucesso da vossa missão”, desafiou Macamo.

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação disse ainda que o Governo pretende catapultar o aumento de investimentos para alavancar o desenvolvimento do país. Macamo aponta para maior investimento na juventude, abrindo maiores oportunidades de emprego para esta camada social.

“Uma das acções que queremos catapultar é o aumento de investimentos, para termos os níveis de desenvolvimento do nosso país a elevarem-se cada vez mais, e elevar o número de postos de trabalho para os nossos jovens. Queremos que, no vosso trabalho, tenham em conta que a diplomacia económica deve ser o foco principal. Precisamos de garantir mais postos de trabalho para que possamos dar emprego aos moçambicanos, em particular os jovens”, destacou.

Verónica Macamo disse, por outro lado, que constitui um privilégio para Moçambique assumir um assento entre os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“É um órgão que vela pela paz e segurança internacionais, tomando decisões obrigatórias para todos os Estados-membros. Por outro lado, representa uma enorme responsabilidade para promover o seu lema, privilegiando o diálogo para a gestão e busca de soluções negociadas dos conflitos.  Em Março do corrente ano, Moçambique assumiu a Presidência rotativa  do Conselho de Segurança da ONU, onde com humildade se empenhou na defesa e salvaguarda dos seus interesses, dos interesses da SADC, de África, dos países em desenvolvimento e do mundo em geral, na defesa da paz e segurança internacionais”, enalteceu Verónica Macamo.

A exploração de recursos naturais, um dos grandes desafios que se colocam a Moçambique, mereceu também destaque no discurso da ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

“Não podemos deixar de mencionar que, em Novembro de 2022, Moçambique assinalou um marco histórico importante, com o primeiro carregamento do gás natural liquefeito, do projecto Coral-Sul, na Bacia do Rovuma, para o mercado internacional”, evidenciou Macamo, para depois completar o seu fio de raciocínio. “Moçambique passou a integrar o clube de países produtores e exportadores de gás natural liquefeito, contribuindo para responder à crescente demanda energética a nível internacional, numa altura em que defendemos um período da transição energética, através do gás natural, como elemento fundamental para impulsionar o desenvolvimento de países como Moçambique e garantir, simultaneamente, o cumprimento do objectivo comum de preservar o nosso meio ambiente. No contexto da melhoria substancial das condições de segurança na província de Cabo Delgado, à qual já nos referimos. O Governo continua a interagir com as companhias que operam no sector do gás na Bacia do Rovuma, com vista à retomada dos projectos iniciados. Almejamos que os recursos existentes se traduzam em desenvolvimento e se façam sentir na melhoria das condições de vida dos moçambicanos.”

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