A Ministra das Finanças, Carla Louveira, afirmou que Moçambique deve avançar com cautela e de forma gradual na liberalização da conta de capital. Segundo Louveira, é fundamental respeitar as características específicas da economia nacional durante esse processo. A ministra falou hoje, nas jornadas científicas do Banco de Moçambique, onde avançou que o país poderá receber, neste ano, cerca de 88 mil milhões de Meticais de créditos e donativos externos para reforçar a disponibilidade de moeda estrangeira.
O Banco Central realiza, nesta segunda-feira, a XVI edição das Jornadas científicas do Banco de Moçambique, com o tema “Liberalização da Conta Capital em Moçambique e os desafios da gestão macroeconómica”.
Durante o discurso de ocasião, a Ministra das Finanças sublinhou a importância da abertura da economia nacional ao capital estrangeiro, para a promoção de emprego e geração de rendimento.
“Num mundo, cada vez mais globalizado, onde os fluxos financeiros cruzam fronteiras com velocidade e volume sem precedentes, a liberalização da Conta Capital reveste-se de capital importância para atrair recursos que fomentem o crescimento económico, aumentem a eficiência do mercado e promovam o emprego e a geração de rendimento, sem, contudo, comprometer a estabilidade económica interna”, disse a governante.
Contudo, Carla Louveira chama atenção que a liberalização da conta capital “tem de ser gradual e cuidadosamente calibrada, tendo em consideração as especificidades da nossa economia, a robustez do sistema financeiro, bem como os riscos associados à volatilidade dos fluxos de capital”.