O País – A verdade como notícia

Retomada a ligação terrestre entre cidade da Matola e vila de Boane através da EN2

Foto: O País

Está reestabelecida a ligação rodoviária na Estrada Nacional Número Dois, na via que liga a cidade de Matola à vila municipal de Boane. A estrada esteve mais de uma semana com circulação interrompida devido às inundações que atingem a Província de Maputo.

Elvira Jantar foi deixar as suas duas filhas em Boane para passar o fim-de-semana com os avós. O que ela não imaginava é que fosse cair tanta chuva, ao ponto de bloquear a principal estrada de acesso à vila de Boane, na Estrada Nacional Número Dois, e deixar as suas filhas sitiadas. Logo que soube que a circulação já está reestabelecida, foi a Boane rever as suas filhas gémeas.

“De lá para cá, nunca mais tive oportunidade de ir buscá-las e de vê-las. Usávamos a videochamada para nos comunicar e poder nos ver… estou ansiosa, estou nervosa. Logo que me disseram que a estrada está transitável, a primeira atitude que tomei foi pegar no carro e vir para cá [Boane]”, contou, ansiosa e feliz, Elvira Jantar.

Na região, ainda há sinais que antes proibiam a circulação, mas o jornal O País apurou que já se permite usar aquela via desde o último sábado.

Noriono Suleimane, automobilistas, traçou um quadro crítico desde que a água condicionou a mobilidade: “Estava complicado, a água começava daqui e ia até à vila de Boane e, no dia de hoje, consegui passar, então vamos ver até amanhã o que vai acontecer”.

Apesar da melhoria na circulação pela EN2, há um ponto de mais de 50m metros, justamente no cruzamento de Mazambanine, onde ainda há água que cria ainda alguma insegurança aos automobilistas, mas os mais ousados passam, como é o caso de Alfredo Chichava, que, mesmo sabendo que não é seguro, enfrentou a água.

“Dá para andar, não é como dantes; é só aqui onde há água. O lugar não é seguro, mas dá para andar”, disse Alfredo Chichava.

Ainda sobre a transitabilidade, a ponte de Mazambanine, que está sobre o rio Umbeluzi, no interior da vila de Boane, continua submersa, o que condiciona a circulação de 25 bairros, que dependem, até ao momento, de embarcações para se deslocar de e para a vila-sede do distrito de Boane.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos