O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) pediu, ontem, desculpas aos jornalistas pelas palavras proferidas, na última segunda-feira, pelo seu porta-voz, Feleciano Mahalambe, que causaram repúdio no seio da classe. A reacção surgiu quatro dias depois do episódio.
“A conferência de imprensa é nossa, nós é que convidamos a vocês. Não devem trazer vossas coisas.” Essas são parte das palavras proferidas pela porta-voz do MINEDH que arrepiaram a classe jornalística e causaram indignação. Como resultado, fez emergir uma carta de repúdio assinada por mais de 60 jornalistas, que deu entrada, esta quarta-feira, na referida instituição.
Outras reacções de condenação não tardaram. O Sindicato Nacional de Jornalistas considerou a atitude de Feleciano Mahalambe como “intimidatória e de grosseira interferência no trabalho jornalístico”.
Já o Misa Moçambique submeteu, esta quarta-feira, ao MINEDH um pedido de esclarecimento sobre a atitude que considerou como “ameaçadora” do seu porta-voz.
Face à pressão, esta quinta-feira, quatro dias depois do episódio, a direcção do MINEDH reagiu.
“Para a referida conferência de imprensa, compareceram massivamente os representantes dos vários órgãos de imprensa, gesto que o MINEDH enaltece e agradece. Todavia, esta não decorreu como o esperado, tendo gerado alguma insatisfação e repúdio, principalmente no seio da classe jornalística face a alguns pronunciamentos do seu porta-voz. Por isso, vem, por este meio, apresentar as suas desculpas à classe jornalística e ao público em geral, pelo sucedido”, lê-se no comunicado.
Ainda no documento, a instituição retrata-se e revela que “O MINEDH reafirma a sua postura de relacionamento cordial com a comunicação social e reitera a sua disponibilidade em continuar a trabalhar com os media em geral, com vista a manter o público e a sociedade informados sobre os desafios e as realizações do sector.”