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Médicos retomam actividades nos hospitais

O atendimento nos hospitais mantém-se deficiente mesmo com a retoma das actividades pelos médicos. Há pacientes que estão a ser atendidos nas unidades sanitárias, mas há situações em que, mesmo com a presença dos médicos, os doentes são obrigados a voltar a casa sem assistência hospitalar, porque os outros profissionais continuam em greve.

Quase um mês e meio depois, a classe médica volta a atender aos pacientes nos hospitais públicos.

Ana Maria levou a sua filha para o Hospital Geral José Macamo nas primeiras horas desta quinta-feira, porque soube que os médicos retomaram.

“Fui atendida e foi muito rápido, não imaginava. A minha filha foi bem atendida e estou grata por isso.”

No mesmo hospital, Arnaldo Simão tinha cirurgia marcada, mas falhou porque os técnicos continuam em greve. Entretanto, Simão confirma ter visto os médicos a trabalharem.

“Eu pude constatar a presença dos médicos, mas os técnicos não estão lá. Eu não fui atendido porque os técnicos continuam em greve.”

No Hospital Geral de Mavalane, num ambiente calmo, notou-se a presença de médicos a trabalhar, mas também de doentes que estavam lá para serem atendidos com o anúncio de retoma das actividades.

Os hospitais da Cidade de Maputo geridos pela direcção de saúde da capital do país, à excepção do Hospital Central, contam com um total de 197 médicos, dos quais 68 especialistas e o restante são generalistas.

“Já temos 100% dos médicos a assegurarem, desde os balcões até às enfermarias. Estamos satisfeitos com isso”, avançou Vanda Zitha, médica-chefe da Cidade de Maputo.

Já na maior unidade sanitária do país, o Hospital Central de Maputo, os cerca de 150 médicos que tinham aderido à greve já retomaram. A unidade sanitária tem um efectivo de 700 médicos.

“Notámos, esta manhã, que todos os serviços estão em pleno funcionamento. Tal verifica-se, por exemplo, nos serviços de urgência, onde, nos últimos tempos, trabalhávamos com três balcões no lugar de cinco. Já temos todos os balcões a funcionarem”, disse António de Assis, director-clínico do HCM.

A Associação Médica de Moçambique anunciou a interrupção da greve até ao dia 02 de Outubro do ano em curso, para permitir, entre outros aspectos, o início de um diálogo franco, aberto e produtivo com a recém-criada comissão pelo Governo para o efeito.

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