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Renamo manifesta confiança no “Constitucional” para reposição da “verdade eleitoral”

Venâncio Mondlane acusa a Polícia de inventar provas para manchar manifestantes que aderem à marcha da Renamo. O partido voltou à rua e reafirmou que o Conselho Constitucional deve aprovar os seus recursos.

O cabeça-de-lista da Renamo, na Cidade de Maputo, começa por desvalorizar a ideia de que as marchas do partido começam a ter menos adesão popular. Venâncio Mondlane refere que a estratégia de se manifestar prevalece válida para a reposição da verdade eleitoral e diz depositar esperanças no Conselho Constitucional.
“Até agora, o Conselho Constitucional tem tido uma postura, digamos, que alimenta alguma esperança, é verdade que algumas decisões são discutíveis sob o ponto de vista técnico, mas eu penso que ainda continuamos a depositar esperança no Conselho Constitucional. E em relação à Cidade de Maputo, não me parece que haja muito, existem editais verdadeiros, originais e a Renamo é quem os tem, os orgãos não apresentaram; o partido Frelimo também não os apresentou mesmo em sede de tribunal; não acredito que vão aparecer actas e editais agora no Conselho Constitucional. Então, se seguirmos o mesmo percurso da prova, tudo indica que o recurso da Renamo tem todos os elementos para ter provimento, para ser aprovado”, concluiu Mondlane.
Mondlane acusou a Polícia de fabricar provas contra os apoiantes da Renamo. “A própria Polícia inventou provas, foi arranjando pneus no Xiquelene, na rua, em diferentes pontos para incriminar jovens, então não tinha provas. Da mesma forma que os órgãos eleitorais inventaram resultados, falsificaram e adulteram editais, a própria Polícia inventou. Aliás, não é toda a Polícia, são alguns oficiais a mando do partido no poder”.
Nesta quinta-feira, a caravana da Renamo de repúdio aos resultados das autárquicas em Maputo contou com o cabeça-de-lista do partido em Quelimane, Manuel de Araújo. Teve início na Praça da Juventude, em Magoanine, passou pela Avenida Maria de Lurdes Mutola e terminou na zona do terminal da Junta.

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