A Associação Médica de Moçambique já submeteu ao Ministério da Saúde o documento que detalha como será feita a greve a partir de segunda-feira. Para garantir os serviços mínimos, será alocado aos Hospitais Centrais um médico por sector, e nos gerais um médico por hospital.
Com o silêncio do governo, após o anúncio da Associação Médica de Moçambique, sobre a retoma da greve, próxima segunda-feira, a classe decidiu, esta quinta-feira, submeter ao Ministério da Saúde a postura que vai nortear os serviços mínimos em todas as unidades sanitárias.
O documento explica e demonstra, com números, a quantidade dos médicos que serão alocados em cada unidade sanitária para assegurar os serviços mínimos.
Por exemplo, o hospital Central de Maputo, que normalmente funciona com sete médicos no balcão, a partir de segunda-feira, estará a funcionar com um, o mesmo número em serviços de cirurgia e não só. Em geral, José Macamo só terá um médico.
Napoleão Viola, Presidente da Associação Médica de Moçambique, diz que o silêncio do Governo mostra, para já, que não há outro caminho se não o avanço com a paralisação de actividades. Mas, se houver algum pronunciamento do Executivo, durante o fim-de-semana, o presidente da Associação Médica diz que a decisão caberá à reunião nacional da classe.
A greve dos médicos deverá durar 21 dias prorrogáveis.