Nestes primeiros dias de campanha eleitoral, as brigadas com os cabeças-de-lista ao cargo de governador provincial, no caso dos partidos da oposição, têm trabalhado no centro da cidade de Nampula. Entretanto, hoje, o candidato do Movimento Democrático de Moçambique naquele ponto do país, Mussa Amade, foi ao posto administrativo de Anchilo, distrito de Nampula, onde fez campanha interpessoal na zona de Matibane.
Numa área rural, Amade recorreu à língua local, Emakua, para pedir voto em troca de melhores condições de vida da população. E como em momento de campanha eleitoral tudo vale, sentou com uma família e ajudou a descascar a mandioca tirada da terra, interpelou uma mulher que saia da machamba e tratou de carregar na cabeça um recipiente também cheio de mandioca que a mesma transportava.
São estratégias eleitorais de um candidato que elegeu as infra-streuturas como principal vector de desenvolvimento. Em entrevista ao jornal “O País” Mussa Amade disse que caso o seu partido vença as eleições na Assembleia Provincial de Nampula, condição para ser eleito governador, vai levar para Anchilo “saúde, porque aqui há falta de hospitais, também escolas porque temos aqui uma escola feita de material precário, nos queremos melhorar, e também queremos melhorar a parte de energia, as pessoas vivem na escuridão”.
Nampula é a província mais populosa do país com cerca de seis milhões de habitantes e sendo assim é o maior círculo eleitoral, por isso é um dos principais palcos de batalha eleitoral nesta campanha. Amanha, o presidente do MDM e candidato presidencial entra por via do distriro de Morrupula depois de ter aberto a campanha na Zambézia.
Vai trabalhar naquele distrito e depois segue para o aeroporto internacional de Nampula onde devera viajar para a cidade de Maputo com vista a fazer parte da visita do Papa Francisco.
Enquanto isso, a brigada central que está com o cabeça-de-lista da Frelimo deixou a “capital do Norte” e rumou Nacala e Meconta, onde trabalhou hoje, sendo que hoje estará em Muecate.
Liderada por Margarida Talapa, a Frelimo em Nampula tem um sistema de campanha eleitoral de conquista do voto rural, numa província onde nos últimos tempos a oposição vem ganhando espaço em detrimento do partido no poder. Enquanto isso, vários grupos desdobram-se em vários postos administrativos da cidade de Nampula em campanha interpessoal, também, porque os mais de 700 mil habitantes daquela cidade fazem a diferença neste processo eleitoral em curso.