A Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique defendem a redução do IVA às gasolineiras, para mitigar o custo de vida e as suas consequências nas famílias. Aliás, para o partido Renamo, o Governo devia voltar a subsidiar as gasolineiras.
Vinte e quatro horas depois da entrada em vigor dos novos preços de combustíveis, que sofreram agravamento em cerca de seis Meticais, os partidos da oposição com representação no parlamento reagiram, culpando o Governo pela subida do custo de vida.
Diante de jornalistas, o partido Renamo apelou ao Governo para olhar pelo bem-estar da população, mais do que em objectivos económicos, pois isso mostra um desinteresse no desenvolvimento do cidadão. Uma das alternativas para reverter o alto custo de vida, segundo o partido de Ossufo Momade, é a retoma dos subsídios às gasolineiras.
“Baixar a taxa dos combustíveis aos importadores significaria a não sobrecarga ao cidadão, em relação ao custo de vida, uma vez que tudo no país e no mundo funciona à base de combustíveis”, disse José Manteigas, porta-voz da Renamo, tendo questionado: “Nós temos gás no país, mas, quando o preço dos outros combustíveis sobe, o gás também segue, a pergunta é: o gás nacional a quem beneficia?”.
Um posicionamento igualmente defendido pelo Movimento Democrático de Moçambique, que afirma que só a redução das taxas de impostos sobre o valor acrescentado às gasolineiras, de 17% para 12%, poderá garantir estabilidade dos preços de combustíveis.
“É preciso também reduzir as comissões dos importadores. O dilema que o nosso país vive, hoje, tem a ver com as comissões. E são bem altas. Se fizermos o somatório dos encargos adicionais aos combustíveis, vamos notar que estão na ordem dos 40 a 50 por cento e quem paga é o consumidor”, declarou o presidente do MDM, Lutero Simango.
Ainda nesta sessão, Simango repudiou a decisão do Governo de tributar as igrejas por não serem para fins lucrativos e ainda apelou para a inclusão económica dos jovens nas riquezas do país, como uma das soluções para o combate ao terrorismo.
“Reconhecemos o papel das igrejas na moralização da sociedade moçambicana, na educação e formação do Homem, por isso, de voz bem viva, estamos aqui para dizer ‘não à tributação das igrejas’”, defendeu o líder.