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MDM exige devolução do subsídio de exclusividade aos médicos e docentes

Foto: O País

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) exige que seja devolvido o subsídio de exclusividade aos professores e aos médicos, para que possam fazer o seu trabalho motivados. O partido criticou, ainda, o facto de a Tabela Salarial Única não permitir que os funcionários públicos atinjam o nível 21 das suas carreiras.

Os professores reclamaram das inconformidades da Tabela Salarial Única. Ameaçaram, inclusive, paralisar as aulas. Nalgumas escolas, a “greve” silenciosa já se fazia sentir. Os médicos, estes, reuniram-se várias vezes. Na última reunião, decidiram que, a partir do dia 05 de Novembro, entrariam em greve. Também estão descontentes com a Tabela Salarial Única que, segundo dizem, lhes tira boa parte das regalias.

Esta segunda-feira, o Movimento Democrático de Moçambique convocou a imprensa para anunciar o seu posicionamento face aos factos acima arrolados e saiu em defesa das duas classes (médicos e professores).

O MDM exige que se devolvam os subsídios das duas classes e não só. O fundamento é que eles trabalhem mais motivados.

“Exortamos o Governo a devolver os subsídios dos docentes, nomeadamente de exclusividade de 15% e aumento do subsídio de investigação de 15%”, avançou Lutero Simango, presidente do MDM.

“Exortamos que se devolva [aos médicos] o subsídio de exclusividade para os 30% e aumentar o subsídio de risco para 15%, permitindo, assim, que os médicos desenvolvam as suas actividades com mais motivação, responsabilidade e entrega ao trabalho.”

As críticas do partido da oposição não param por aí. O “galo” diz que, pela forma como a Tabela Salarial Única foi concebida, “corta” as pernas aos funcionários públicos sobre a progressão na carreira.

Por exemplo, indica Lutero Simango, a TSU não permite que um funcionário tenha 91 pontos que, somados, permitirão que chegue ao nível máximo que é de 21. A culpa é do Governo.

“O Governo da Frelimo está a agir de má-fé ao não permitir que nenhum funcionário moçambicano chegue ao topo da tabela pela sua entrega abnegada à Função Pública exercida com brio e dedicação em toda a sua vida profissional”, acusou Simango.

E isso, no seu entender, poderá criar (ou agravar) outros problemas: “Esta atitude privilegia o nepotismo, o amiguismo e o partidarismo. Por isso, o MDM é pela despartidarização do Estado moçambicano”.

O Movimento Democrático de Moçambique sugere, assim, que se encontre uma plataforma que possa discutir e corrigir todas as inconformidades da Tabela Salarial Única, que têm afectado um enquadramento justo de acordo com os níveis e graus académicos.

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