Sempre nos acompanham na passagem de um ano para o outro, mas em alguns casos chegam a criar luto. O uso impróprio dos objectos pirotécnicos pode ser fatal, daí que não se recomenda a menores de idade e nem em dias, locais e horas impróprias.
Eles dão brilho ao céu e marcam a passagem de um ano para o outro. Na asáfama das celebrações, tão pouco nos lembramos dos perigos que os objectos pirotécnicos representam.
“No ano passado tivemos dois casos que nos chamaram muita atenção, um deles é referente a um menor que comprou objectos pirotécnicos em forma de corrente, colocou na cintura e acendendo os objectos, rebentaram sobre a cintura criando uma abertura na região lombar e todos os órgãos internos ficam fora. Infelizmente a criança acabou perdendo a vida”, exemplifica Leonildo Pelembe, porta-voz do Serviço Nacional de Salvação Pública, falando também de outro caso referente a uma criança que colocou fogo de artifício num cigarro e deu ao tio (que não sabia) e este acabou ferido.
Estes exemplos, diga-se, podem se repetir caso não se tome cuidado com a transição do ano, entre esta quinta e sexta-feira, amanhã. Aliás, as crianças são as mais vulneráveis, daí que não se recomenda que sejam elas a manusear os objectos.
“Nos objectos pirotécnicos já consta uma descrição clara de a venda ser proibida a menores de 18 anos”, refere Pelembe, lembrando que os objectos pirotécnicos só devem ser usados entre as 23h50 do dia 31 de Dezembro à 00h50 do dia 01 de Janeiro.
Entretanto, no terreno o cenário é de total contraste. Os menores são os que mais procuram por esses objectos. Visitamos o sobejamente conhecido mercado Xipamanine, na cidade de Maputo. No local, além das que compram, há também crianças a vender.
O Pequeno vendedor Frank, por exemplo, nem sequer sabe que recomendações dar ao cliente.
“Só vendo”, respondia quando questionado pela nossa equipa de reportagem que medidas tem recomendado aos compradores.
Por sua vez, o comprador Joaquim Manhique, por sinal comprador de objectos pirotécnicos numa banca de um vendedor adulto, diz ter comprado os objectos sem que recebesse recomendações do vendedor.
O Serviço Nacional de Salvação diz ter iniciado com um trabalho de fiscalização e todo o vendedor de objectos pirotécnicos deve ter licença.
Mas sobre este ponto, vários são os vendedores que interpelamos e que não tinham licença para venda de objectos pirotécnicos.
Enfim, entre a vontade de celebrar e os riscos eminentes, adultos e crianças lá estão à procura do melhor para animar a festa da passagem do ano.