As máscaras de protecção contra a COVID-19 são as melhores vacinas que o continente africano tem nesta fase em que o mundo é fustigado pelo vírus, considera o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana.
A pandemia da COVID-19 já matou 160.648 pessoas em África, até esta quinta-feira, num total de 6.335.702 infectados. Destes indivíduos, 5.546.538 recuperaram-se.
Os apelos para que haja mais vacinas de modo a frear as infecções e as mortes chegam de todos os lados, mas a escassez tira sono a todos os países.
Para o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, John Nkengasong, mais do que esperar pelas vacinas é preciso apostar na prevenção.
“As vacinas não são uma solução mágica, vão levar algum tempo até chegar às pessoas. Por isso, as medidas de saúde pública têm de ser praticadas com rigor. As aglomerações têm de continuar a ser evitadas, porque propiciam a transmissão do vírus”, disse Nkengasong.
John Nkengasong não parou por aí. “Precisamos de que os governos continuem a apoiar a utilização de máscaras em locais públicos, porque são as melhores vacinas para o continente africano nesta fase”, acrescentou.
Na sua intervenção, durante uma conferência de imprensa virtual, a partir de Adis Abeba, na Etiópia, John Nkengasong falou ainda da importância da parceria com várias instituições para imunizar 60% da população africana até 2022.
“As parcerias são poderosas, permitir-nos-ão atingir o objectivo de ter 60% da população imunizada até o final do próximo ano, e pelo menos 25% até Dezembro deste ano. É preciso ousadia para alcançar essas metas, e não sermos obrigados a viver com este vírus para além de 2022 e 2023”, alertou.
A África Austral continua a ser a região mais afectada pela COVID-19 no continente, sendo a África do Sul o país mais arrasado.
O Egipto é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, e, em terceiro, está a Tunísia.