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Etiópia à beira de uma guerra civil

A paz está seriamente ameaçada na Etiópia, um dos países mais populosos de África com 110 milhões de habitantes e mais de 80 grupos étnicos.

A tensão agravou-se na terça-feira, quando o governo central da Etiópia acusou Tigray, uma região de norte, de ter lançado um ataque a uma base militar do exército etíope.

Em reacção a este alegado ataque, o primeiro-ministro etíope, vencedor do Nobel da Paz 2019, Abiy Ahmed, ordenou uma operação militar na região de Tigray e impôs o Estado de Emergência de seis meses, incluindo recolher obrigatório.

Esta quarta-feira, o governo de Tigray queixou-se de bombardeamentos em algumas partes da região feitos pelo exército etíope.

Em união com o movimento armado Frente de Libertação Popular, o governo de Tigray disse estar decidido a lutar pela defesa do seu povo e transformar-se em mártir. O governo de Tigray recusou-se a entrar em negociações com o governo de Abiy Ahmed.

Ademais, Tigray, que faz fronteira com Eritreia, acusa as forças de defesa deste país de manifestar apoio ao governo etíope. Os Estados Unidos, a União Africana, bem como a União Europeia pedem contenção em ambos lados e receiam que o conflito se alastre para outras regiões da Etiópia.

Tigray, uma região com cerca de 250 mil tropas e equipamento militar sofisticado, acusa o governo de Abiy de marginalizar o povo daquela região que desempenhou um papel importante para sua nomeação em 2018.

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