Chade declarou estado de emergência alimentar e nutricional em todo o país. O decreto do presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, assinado na quinta-feira, não detalha as medidas aplicadas nem o número de pessoas afectadas.
O Chade declarou “estado de emergência alimentar em todo o seu território”, segundo um decreto publicado nesta sexta-feira em um dos países mais pobres do mundo que, nos últimos dez meses, recebeu cerca de 700 mil refugiados da guerra no vizinho Sudão.
O decreto do presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, assinado na quinta-feira, não detalha as medidas aplicadas nem o número de pessoas afectadas, mas o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas havia alertado em Novembro para uma “interrupção iminente” da sua ajuda aos refugiados sudaneses se não conseguisse arrecadar os fundos internacionais necessários.
De acordo com o documento presidencial, durante este período de emergência, a assistência humanitária será utilizada tal como definido pelo Plano Nacional de Resposta.
O Chade tem recebido refugiados que fogem da guerra do Sudão, que eclodiu em Abril e provocou a maior crise de deslocados do mundo, mas os seus recursos já eram escassos.
De acordo com o Banco Mundial, 35,4% da população do Chade vive abaixo do limiar de pobreza extrema, com menos de 2,15 dólares.
O Chade está a viver um processo de transição para restaurar a democracia e regressar ao regime civil, após a morte, em 2021, em combates com rebeldes, do Presidente Idriss Déby Itno, que governava o Chade desde 1991.
Após esse episódio, o filho assumiu o poder.