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Manuel Chang nega prestar declarações nos EUA

O antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, recusou-se a prestar declarações durante o seu julgamento nos Estados Unidos da América. No julgamento que decorre há mais de duas semanas, o antigo director do Credit Suisse, Andrew Pearse, revelou que o o antigo Ministro das Finanças moçambicano recebeu subornos para assinar garantias soberanas porque já era sabido que a EMATUM, ProIndicus e MAM eram inviáveis.

Manuel Chang está a ser julgado desde o passado dia 21 de Julho, num Tribunal de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, o mesmo local em que foi julgado, em 2019, o negociador libanês Jean Boustani.

Esta segunda-feira, foi ouvido Andrew Pearse, antigo director do banco Credit Suisse, um dos financiadores das dívidas e que fez um acordo de delação premiada com a justiça americana, de acordo com o pesquisador Borges Nhamire, que acompanha as audiências nos Estados Unidos.

Depois da audição de Andrew Pearse, iniciaram as alegações finais, em que a defesa e a acusação dizem o que esperam do desfecho do caso.

Segundo Borges Nhamire, comparativamente a 2019, Manuel Chang encontra-se com bom aspecto. “Eu li, em alguns lugares, que ele estava um pouco envelhecido, um pouco abatido. Mas ele está com um aspecto muito bom”.

Além de referir ao ascpecto de Manuel Chang, Borges Nhamire disse ainda que o antigo Ministro das Finanças decidiu não abrir não falar durante o julgamento. “Contrariamente ao que nós pensamos, em Moçambique, em que o réu deve responder às perguntas, aqui o réu não é obrigado a responder perguntas, sejam da defesa ou da acusação. Só se o quiser fazer voluntariamente. Acontece que Manuel Chang decidiu que não quer falar. Ele não vai falar em todo o julgamento. A defesa vai falar por ele”, disse, Borges Nhamire, que se encontra nos Estados Unidos.

Depois das alegações, o júri deverá ser dado tempo para reflectir sobre todos os argumentos colocados e tomar uma decisão.

 

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