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Mambas já estão completos na Mauritânia

Foto: FMF

A selecção nacional de futebol já se encontra em Nouakchott, onde defronta o Níger e a Mauritânia, nos dias 23 e 26 deste mês, em jogos de carácter amigável, inseridos na Data-FIFA. Os internacionais que actuam fora de portas já se juntaram aos Mambas desde a noite deste domingo e, hoje, todos juntos realizam o treino conjunto.

A partida para Nouakchott foi no sábado passado, com os jogadores que actuam internamente, aos quais se juntou Melque, de última hora, para o lugar de Witi, do Nacional da Madeira, que se encontra lesionado.

A comitiva nacional chegou a Nouakchott na madrugada deste domingo, por volta das 01:45 horas locais (03:45, em Maputo), num voo vindo de Casablanca, a capital económica do Marrocos.

Dos que partiram de Maputo para a capital mauritana, destacam-se 13 jogadores, dos quais 11 a jogarem em clubes moçambicanos e mais dois da África do Sul, nomeadamente Kambala e Amadou, para além da equipa técnica, pessoal do apoio e dirigentes, totalizando 20 pessoas na delegação.

Os restantes jogadores que actuam no estrangeiro seguiram directamente a Mauritânia, com chegadas a partir deste domingo, para alguns que tiveram os seus jogos na sexta-feira e sábado, e esta segunda-feira, para aqueles que tiveram os seus jogos nos respectivos clubes no domingo.

O último, que irá juntar-se aos Mambas em Nouakchott, é o capitão Domingues, que joga no Royal AM da África do Sul, equipa que joga na noite deste domingo, isto na manhã de quarta-feira, dia do jogo com o Níger.

As sessões de treinos propriamente ditas só iniciam esta segunda-feira, uma vez que, depois da chegada, o seleccionador nacional deu descanso aos jogadores e um treino ligeiro essencialmente de descompressão, depois de longa viagem de cerca de 40 horas de Maputo para Nouakchott.

 

JOGADORES ESPERAM UNIÃO E COESÃO NA MAURITÂNIA

Quando chegaram a Nouakchott, Telinho, Kambala e Fóia falaram das suas expectativas em torno deste torneio internacional que vai contar com Níger, Mauritânia, estes dois adversários dos Mambas e Líbia.

Chamado pela segunda vez aos trabalhos dos Mambas, Alberto Alface, ou simplesmente Fóia, mostrou-se satisfeito com a integração no conjunto moçambicano e mesmo que “está a ser algo muito maravilhoso e estou muito feliz por ter sido chamado à selecção nacional”.

Sobre a sua integração nos Mambas, Fóia não escondeu o bom ambiente que encontrou e assegura que “tenho estado a trocar experiência com jogadores mais velhos e que têm muitos anos na selecção”.

Alberto Alface diz que as expectativas da participação dos Mambas neste torneio são boas, e espera que estes dois jogos sejam produtivos. “Espero que sirvam para juntar ainda mais o grupo e criar coesão e espero que haja mais jogos de controlo para poderem juntar ainda mais os jogadores dos Mambas”, revela Fóia.

Já Telinho, regressado aos Mambas depois de uma longa lesão que o impediu de jogar alguns jogos no ano passado, diz que o facto da selecção não se movimentar há quatro meses não deve ser entrave nos seus objectivos, que passam também por integrar novos jogadores ao conjunto nacional.

“Ficamos muito tempo parados e, agora, temos novos jogadores na selecção, o que não é fácil estar neste grupo, ainda que todos queiramos estar aqui”, começou por dizer, para depois acrescentar que “o grupo é o mesmo e o comportamento é o mesmo, seguimos todas as regras do grupo”.

Sobre os dois jogos com Níger e Mauritânia, que são os primeiros deste ano civil, Telinho promete que o grupo vai procurar fazer aquilo que mais sabe fazer “que é lutar para vencer”.

“Temos esta oportunidade de disputar este mini-torneio e vamos procurar ganhar. Seria bom começarmos o ano com pé direito, isto é, com duas vitórias, que seriam gratificantes para todos nós e para o povo moçambicano”, disse Telinho, acrescentando que “vamos lutar para fazer isso e tenho certeza de que somos capazes e temos capacidade de fazer isso e vamos conseguir”.

 

KAMBALA PEDE APOIO DOS MOÇAMBICANOS

Por seu turno, Manuel Kambala, jogador do Baroka da África do Sul, começou por pedir aos moçambicanos que continuem apoiando a selecção em todos os momentos. “Pedir aos moçambicanos que nos apoiem e que se entreguem como sempre se entregaram a nós e agradecemos o vosso apoio e, apesar de jogar fora, pedimos que nos apoiem”, apelou.

Jambala entende que é preciso encarar os dois jogos com seriedade, até porque “temos que nos entregar a estes jogos, porque, para nós, não há jogos amigáveis e levamos os jogos a sério. Vamos encarar com muita responsabilidade como sempre encaramos e levarmos a sério estes jogos. Isto é, é um torneio no qual temos que mostrar que estamos a crescer, apesar dos resultados passados”, frisou o médio moçambicano.

Aliás, Kambala diz mesmo que é preciso mostrar mudanças e crescimento no seio dos Mambas, “não só para nos reconciliarmos com os moçambicanos, mas também para aproveitar esta boa altura para mostrar amadurecimento e resgatar aquele conjunto que a selecção tem e que se perdeu um pouco. Queremos presentear esse torneio com vitórias para merecermos confiança do povo moçambicano”.

Para tal, segundo Kambala, “o grupo está forte, unido, feliz e junto e queremos aproveitar os jogos para ganhar confiança e conhecermo-nos ainda mais”, concluiu.

Recorde-se que, para este torneio internacional em Nouakchott, Chiquinho Conde levou 25 jogadores, nomeadamente os guarda-redes Ernani, Ivan e Franque; os defesas Mexer, Zainadine, Clésio, Martinho, Reinildo, Alface, Bruno Langa e Infren; os médios Kambala, Nené, Shaquille, Amadou, Luís Miquissone e Domingues; e os avançados Telinho, Dayo, Melque, Gildo, Geny e Reginaldo.

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