Os Mambas defrontam esta sexta-feira a sua similar do Mali com único objectivo de vencer e conseguir a qualificação à fase final do Campeonato Africano das Nações, Marrocos-2025. A equipa técnica e os jogadores estão cientes das dificuldades, mas mostram-se confiantes num bom resultado e pedem apoio dos moçambicanos, numa semana considerada atípica por parte de Chiquinho Conde.
Quarto jogo da história entre as duas selecções no confronto directo, e um equilíbrio para ser quebrado esta sexta-feira, a partir das 18h00 no Estádio Nacional do Zimpeto.
Moçambique e Mali, com uma vitória para cada um e mais um empate nos três jogos já disputados, revelam o equilíbrio entre ambas, que vão entrar com a mesma ambição de vencer e se qualificar para a fase final do Campeonato Africano das Nações de Marrocos.
Vai ser um jogo nada fácil para nenhuma das duas equipas, olhado para o trajecto e para o posicionamento das mesmas na tabela classificativa, onde estão igualadas no topo da tabela classificativa.
Maior ambição têm os Mambas, que perseguem a segunda qualificação consecutiva à uma fase final do CAN, depois de terem estado no CAN deste ano, que teve lugar na Costa do Marfim.
Confiantes e preparados
Chiquinho Conde só teve todos os jogadores disponíveis para preparar o jogo desta sexta-feira somente na manhã de quinta-feira, quando realizaram o último treino no Estádio Nacional do Zimpeto.
Mas nada que altere a confiança e a segurança que os jogadores carregam para este embate. Ricardo Guimarães foi o porta-voz do balneário antes do jogo, e disse que o facto do grupo depender somente de si para chegar ao CAN é uma boa situação. “Quero dizer que este é o terceiro mês seguido que é difícil, foi uma luta difícil até aqui.
Amanhã (hoje) temos um jogo importante, como foram todos os outros, e este mais porque é o próximo”, começou por dizer.
Para Guima, os Mambas estão confiantes e preparados, “que é o mais importante”.
“Esperemos dar alegria ao povo e, também seria um bom presente, não só para mim, mas para todos, a vitória e conseguirmos, então, finalizar já o apuramento antes do último jogo ao Guiné”, disse Guima, que ontem completou mais um aniversário natalício e espera por uma vitória que sirva de presente para si.
Ausente do último jogo dos Mambas por lesão, Guima diz estar 100% recuperado e pronto para ajudar a selecção a conquistar a vitória, até porque, para ele, “vai ser um jogo como os outros, a dar o melhor de nós, com o grupo excelente que temos, com a equipa unida que temos e espero dar a alegria que tantos querem e qualificarmo-nos novamente no segundo ano consecutivo num CAN”.
Semana atípica antes do jogo dos Mambas
Para o seleccionador nacional, Chiquinho Conde, esta foi uma semana atípica, não só pela situação do país, mas também pela chegada tardia dos jogadores para a preparação do jogo.
“Tivemos o último treino e praticamente não deu para desenhar muito bem, sistematizando aquilo que é a nossa ideia. Mas esse grupo já vem trabalhando há uns anos essa parte, motivo pelo qual eu tenho sempre, eu e a minha equipa técnica, a preocupação de não alterar muito aquilo que é a nossa matriz, o nosso grupo de trabalho que já está formatado, que já está dentro daquela que é a nossa ideia de jogo”, disse confiante Chiquinho Conde.
Sobre o Mali, o seleccionador nacional assume que é um adversário forte, candidata ao primeiro lugar do grupo, até porque foi cabeça-de-série. Por isso “não é uma equipa fácil, não são favas contadas, mas de qualquer forma, nós sabemos perfeitamente que, se nós conseguimos fazer aquela primeira parte no Mali, jogar pé para pé, termos a paciência de circular a bola, sermos muito mais pressionantes, muito mais audazes, é possível termos um bom resultado”.
Para tal, segundo Conde, é preciso não facilitar, até porque a equipa do Mali irá estar por cima, mas não constantemente por cima, porque não há uma equipa que joga 90 minutos a pressionar.
Falou do comprometimento dos jogadores para com a selecção e referiu pese embora as individualidades que o grupo tem, “o grupo torna-se sempre mais forte e nós estamos focados pelos objectivos que pretendemos e o nosso principal objectivo é estarmos presentes sempre nas grandes competições”.
Até porque, de acordo com Conde, “os jogadores têm esse sonho, como eu como treinador. Felizmente, eles têm me dado a possibilidade de eu estar na ribalta do futebol africano graças à performance que eles têm tido. E isso é motivo de orgulho para todos nós”.
Conde lamentou a ausência de alguns jogadores, casos de Witi, por lesão, mas assegura que o mais importante é contar com os que estão presentes.
Pediu o apoio do público no Estádio Nacional do Zimpeto, um público que para Chiquinho Conde tem sido uma grande força motriz. “Porque jogando em casa, com o apoio do nosso público, obviamente estaremos sempre mais perto de poder conquistar tudo aquilo que nós almejamos”.