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Malawi suspende importação de combustíveis pelo Porto da Beira

Pelo menos dois países do interland sofreram restrições na importação de combustíveis devido à crise pós-eleitoral em Moçambique. Malawi e Zâmbia decidiram suspender por alguns dias a circulação de camiões de carga que transportam, principalmente, diesel e gasolina. Malawi suspendeu a importação a partir do Porto da Beira.

A petrolífera PUMA Energy Zâmbia foi uma das primeiras a mandar parquear todos os seus camiões em lugares seguros em Moçambique, devido aos protestos pós-eleitorais, no princípio de Novembro.

Na sequência, a companhias de petróleo do Malawi suspenderam parcialmente a importação de combustível desde o Porto da Beira, também devido aos protestos em alguns pontos da região Centro de Moçambique.

O porta-voz da Companhia Nacional de Petróleos do Malawi, Raymond Likambale, citado pela Rádio Moçambique, disse que, face aos protestos pós-eleitorais em Moçambique, que afectaram o transporte de combustível, o produto passará a ser transportado desde Tanzânia, até que a situação das manifestações em Moçambique se  normalize.

Aliás, segundo a fonte, a situação agudizou a crise de combustíveis na região Sul do Malawi, sobretudo na cidade de Blantyre, que actualmente importa combustíveis a partir do Porto de Dar es Salaam, em Tanzânia, num percurso mais longo em relação à Beira.

Raymond Likambale revelou que cerca de um milhão de litros de diesel estão a caminho do Malawi, através de caminhos-de-ferro, desde o Porto de Nacala, mas a circulação das locomotivas está a ser condicionada.

O Malawi importa 50% do seu combustível através da Beira e 20% através de Nacala, ambos em Moçambique, enquanto Dar es Salam, na Tanzânia, movimenta 30%, de acordo com a Autoridade Reguladora de Energia do Malawi.

A Companhia Nacional de Petróleos, a Associação dos Transportadores do Malawi e a Associação dos Retalhistas do Malawi afirmam que a situação actual é volátil, abrindo dúvidas sobre uma eventual subida de preços.

No país, apesar dos protestos comprometerem o acesso aos diversos portos,  ainda não foram divulgados dados dos prejuízos ou eventual ruptura de stock por parte das gasolineiras.

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