Há partidos políticos que investem muito pouco na campanha eleitoral, apesar de terem recebido fundos para o efeito. A constatação é do Consórcio Mais Integridade, que lamenta a falta de profissionalismo.
Ernesto Nhanale, do consórcio Mais Integridade, defendeu que os partidos políticos não fazem uso devido dos media na campanha.
“Na análise que estamos a fazer, estou mais para a questão dos conteúdos dos media, tenho verificado muito o baixo investimento dos próprios partidos políticos. Eles não investem na produção do tempo de antena, sendo que podiam aproveitar recursos muito ligeiros para fazer gravações de qualidade, no entanto, tudo é feito de forma muito pouco profissional”, disse.
Nhanale acrescentou ainda que é preciso que as redes sociais sejam melhor aproveitadas, pois é onde se pode encontrar quase 25% da audiência, sobretudo, da população jovem.
Por outro lado, o grupo desconfia que a Frelimo esteja a usar fundos e bens públicos para fins partidários.
“Nós sabemos que a Frelimo tem feito uso dos recursos do Estado para também mostrar essa robustez junto do potencial eleitoral. São meios de Estado que têm sido usados, meios de transporte, meios financeiros também, porque não podemos esquecer que figuras-chave do partido Frelimo, também ocupam cargos no Estado”, disse Edson Cortês.
A plataforma fez, na quarta-feira, o balanço dos 19 dias de campanha eleitoral, onde destacou o encontro entre as caravanas da Frelimo e Renamo, sem anomalias, nas províncias de Manica, Tete, Zambézia e Cabo Delgado.