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Nyusi garante pensões a todos os desmobilizados no DDR

O Presidente da República, Filipe Nyusi, garante que o Governo vai pagar pensões a todos os beneficiários do processo de DDR, para construir uma paz duradoura. Nyusi considera que com o encerramento do processo fica para trás a morte de cidadãos inocentes e condicionamentos na circulação de pessoas e bens.

Durante o discurso proferido pelo Presidente da República, na cerimónia de encerramento da fase de desarmamento e desmobilização dos antigos guerrilheiros da Renamo, Filipe Nyusi falou da importância do momento, considerado histórico, para a manutenção da paz e estabilidade nacional.

O chefe de estado disse na ocasião, que com o encerramento do DDR, fica para história a morte de cidadãos inocentes, registadas sobretudo na zona norte do país e os condicionamentos na travessia de pessoas e bens.

“Queremos explorar esta ocasião para saudar a todos os beneficiários do DDR e a todos aqueles que fizeram a sua parte para que este processo importante fosse bem-sucedido. É uma oportunidade para que fiquem para a história as escaramuças armadas que ocorriam na região centro do país. Auguramos que fique para história a morte de cidadãos inocentes e o condicionamento da circulação de pessoas e bens, bem como do exercício da actividade económica. Este um acto para que fique para trás o derramamento de sangue de irmãos devido a divergências políticas, é uma oportunidade para que não haja moçambicanos que vivem para sempre escondidos e longe das suas famílias ”, disse Filipe Nyusi.

O Presidente da República afirmou que com a implementação do DDR o país ganhou créditos que o qualificam para que possa liderar processos idênticos ou equivalentes no contexto da resolução de conflitos internos.

“Como forma de garantir a sustentabilidade da paz e reforçar a nossa determinação e resiliência, o Governo tomou a decisão de assegurar as pensões para os beneficiários do DDR, mesmo que não faça parte de nenhum acordo, memorando nem na Constituição da República. Esta decisão de coragem surge como forma de ultrapassar as divisões e construir uma paz duradoura. O processo de fixação de pensões não aconteceu antes porque era necessário mobilizar recursos que garantem o seu pagamento, que por regra resultam dos descontos que o beneficiário efectua ao longo do seu percurso profissional, mas este não é o caso, e deve ser contabilizado como o custo da paz”, explicou o chefe de estado, reiterando que durante as negociações houve envolvimento de vários parceiros na mobilização de recursos, de modo a estabelecer os benefícios da segurança social aos desmobilizados, no âmbito dos acordos de paz e reconciliação nacional.

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