Pelo menos 9,3 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças ligadas ao consumo de tabaco, no país, segundo dados do estudo divulgado, hoje, pelo Ministério da Saúde, que mostra que o país perde 11,7 mil milhões de Meticais, com custos desta substância, além da perda de 900 milhões de meticais investidos nas despesas de saúde.
Cabo Delgado é a província com maior número de consumidores de tabaco em Moçambique, uma taxa de 20,6 por cento.
Ainda no Norte, Nampula é a segunda província com mais consumidores, com 13,8 por cento. Os dados constam de uma pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada nesta segunda-feira.
Segundo a instituição, MISAU, na Província de Inhambane, com uma taxa de 5,5 por cento, é onde se consome menos tabaco ao nível do território nacional. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o consumo de tabaco é responsável pela morte de mais de 9,3 mil pessoas, por ano, no país.
Para além de perdas humanas, o mais recente relatório divulgado pelas autoridades sanitárias aponta que Moçambique perde, anualmente, 11, 7 mil milhões de meticais com o custo de tabaco, o correspondente a 1,3 por cento do PIB.
“Quando olhamos as perdas económicas diretas e indirectas, olhando o custo, quando olhamos os custos directos, podemos dizer que elas prefazem 0,9 bilhão e quando olhamos os custos indirectos, que é 92%, fazem 10,8 bilhões. E quais são esses custos? Onde é que afecta exactamente? Estamos a falar de pausas para fumar, 2,4 bilhões, o absentismo, porque está doente, se tem alguma doença relacionada, 1,2 bilhões, despesas pessoais com a saúde, 0,09 bilhão, gastos que também o Governo tem que ter relativamente à saúde destes indivíduos, é de 0,55 bilhões”, disse a Directora Nacional de Saúde, Aleny Couto.
Além destas perdas, os resultados do inquérito demonstra que o Estado Moçambicano tem despesas directas e indirectas, com destaque para 900 milhões de meticais em despesas de saúde dos doentes.
Segundo o MISAU, “o custo, quando olhamos para os custos directos, podemos dizer que elas perfazem 0,9 bilhão e quando olhamos os custos indiretos, que é 92%, fazem 10,8 bilhões. E quais são esses custos? Onde é que afecta exactamente? Estamos a falar de pausas para fumar, 2,4 bilhões, o absentismo, porque está doente, se tem alguma doença relacionada, 1,2 bilhões, despesas pessoais com a saúde, 0,09 bilhão, gastos que também o Governo tem que ter relativamente à saúde destes indivíduos, é de 0,55 bilhões.”
Para mitigar a situação, o Ministério da Saúde e os seus parceiros propõem a adopção de medidas para regulamentar a venda e o consumo do tabaco, e alertam que se nada for feito, a situação poderá agravar-se.
Para a Directora Nacional de Saúde, “se nós não reforçarmos as nossas medidas, teremos perdas em termos de 128 bilhões, isto se não fizermos nenhuma intervenção, se conseguirmos algum controle, teremos perda de 83,5, para isso nós temos que fazer um investimento no controlo do tabaco e deveríamos implementar medidas e em termos de redução total das perdas económicas, podemos ter uma redução no final até 44,5 bilhões.”
Um investimento nas medidas de controlo ao tabaco, o país irá salvar cerca de 53.300 vidas humanas para além de 45 mil milhões de meticais em custo de saúde e perdas económicas até 2037.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é parceira do Governo e promete ajudar na ideia de implementação da lei de controlo ao consumo desta substância. Presente no acto da divulgação dos resultados do relatório, Severin von Xylander disse ser urgente o estabelecimento de uma lei específica.
“A necessidade de ampliar os esforços nacionais para o controlo do tabaco, no país, é inadiável. A Organização Mundial da Saúde tem trabalhado ao lado do Governo e dos parceiros para apoiar a implementação da Convenção Quadro para o controlo do Tabaco. Trata-se de uma obrigação sobre para reduzir significativamente o consumo e seus impactos”, disse Severin von Xylander.
Uma proposta de lei de regulamentação do consumo e venda do tabaco deverá dar entrada no conselho de ministro no mês de maio, e só depois da sua aprovação é que poderá dar entrada no parlamento para o debate e aprovação.
O uso do tabaco está associado a uma série de doenças tais como: Tuberculose, acidente cardio vascular, doenças isquémica do coração, infecções respiratórios, cancros de traqueia, entre outras.
O estudo despoletou ainda que treze por cento da população adulta consome excessivamente o tabaco. Desta percentagem, 7,3 são mulheres.