São pouco mais de 8 mil candidatos submetidos aos exames extraordinários da 12ª classe, que arrancaram hoje, em todo o país. Este número de inscritos representa uma redução quando comparado com o que foi registado em 2019, em que foram avaliados cerca de 10 mil examinandos.
Iniciou, hoje em todo o país, um processo que não teve lugar em 2020 devido às restrições impostas pela COVID-19 – os exames extraordinários da 12ª classe. Na retoma destas avaliações, a primeira realizada foi da disciplina de Português e, na Escola Secundária Josina Machel, houve apenas 26 examinandos que ocuparam duas salas. Uma delas é Cíntia Manhiça que saiu da sala de exame com um sorriso confiante. “Com certeza, já estou aprovada”, disse Cíntia Manhiça e não era para menos. Ela garantiu ter bases que sustentam a sua confiança. “Foi muito bom. Na verdade, só ia fazer um exame e só me concentrei nele e espero resultados positivos”, sustentou.
Tal como Cíntia, Diana está na mesma expectativa. “Esperamos que as coisas saiam muito bem. Depois de executarmos uma tarefa, nunca esperamos obter resultados negativos e acredito que vou transitar”, referiu Diana, também candidata.
O sector de educação descreve que do total dos examinandos, a maior parte está concentrada na cidade capital.
“Temos um total de 8.540 inscritos e a Cidade de Maputo conta com o maior número. Niassa e Manica têm um número relativamente baixo”, indicou Gina Guibunda, porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
Globalmente, este número representa uma redução de cerca de dois mil candidatos quando comparado com o que foi registado em 2019, ano em que foram examinados mais de 10 mil estudantes. Este ano, a Cidade de Maputo conta com 2.975 e tem mais candidatos inscritos e Cabo Delgado conta com 113, o menor número.
“Estamos nesta situação em que a COVID-19 assola o nosso país e o mundo no geral desde o ano passado. O ano de 2020 foi, também, diferente em relação a este aspecto, por isso muitos candidatos acabaram por não se inscrever por desconhecimento do que poderia vir a acontecer”, justificou Gina Guibunda.
E, por conta da COVID-19, estão suspensas as aulas presenciais nas escolas que acolhem as avaliações na Cidade de Maputo.
“Só estão interrompidas as aulas presenciais para o turno da manhã, mas o da tarde e o da noite continuarão normalmente”, esclareceu Lúcia Coana, directora da Escola Secundária Francisco Manyanga.
Entretanto, mesmo os alunos estando em casa, as aulas prosseguem. “Uma vez que soubemos antes, demos recomendações para que os alunos dessem continuidade às tarefas em casa. Além de plataformas digitais, disponibilizamos trabalhos para os alunos realizarem em casa e, ao voltarem, daremos continuidade ao plano normal de aulas. O processo do ensino e aprendizagem não irá parar”, explicou Orlando Dina, director da Escola Secundária Francisco Manyanga
No primeiro dia dos exames extraordinários da décima segunda classe, não houve sobressaltos, senão atrasos de alguns alunos, mas os mesmos não perderam a avaliação. As escolas asseguraram, ainda, que está a ser observado todo o protocolo sanitário para a prevenção da COVID-19.