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Mais de 75% de agricultores não têm assistência técnica

O Fundo de Fomento Agrário registou um aumento de mais de dois mil extensionistas entre 2020 e 2022. Neste momento, há cerca de quatro mil extensionistas no país, entretanto são necessários 20 mil para dar assistência técnica a cerca de 4,2 milhões de famílias que vivem com base na agricultura.

Um dos grandes desafios das famílias que vivem com base na agricultura é a assistência técnica.

O Fundo de Fomento Agrário tem como meta garantir que, até 2024, haja uma cobertura de 25% de extensionistas que possam assistir os pequenos agricultores.

“Temos de conseguir assistir mais de um milhão de famílias até 2024 e pensamos que, com essas novas tecnologias e com esta injecção de novos extensionistas, vamos alcançar esta meta”, disse com optimismo Olegário Banze, vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Espera-se que, até 2024, haja cinco mil extensionistas a darem assistência técnica a um milhão de famílias, que têm, na agricultura, a sua base de sustento.

“Desde que se iniciou o nosso ciclo de governação, se formos a ver aquilo que foi definido como prioridade, é a transferência de tecnologia cuja utilização começou com o aumento da nossa rede de extensão que saiu de cerca de 1800 para quase 4000”, avançou Adélia Magaia, directora-geral do Fundo de Fomento Agrário e Extensão Rural.

A necessidade global de extensionistas no país é de 20 mil para 4,2 milhões de famílias agricultoras.

Os extensionistas, que já trabalham com agricultores no terreno, dizem ser notável a evolução dos seus métodos, o que poderá traduzir-se no aumento da produção.

“Vê-se o crescimento dos nossos produtores hoje em dia; os nossos produtores optam por comprar e usar sementes melhoradas, já não precisam que um técnico vá e diga que deve comprar uma semente híbrida. Temos parceiros que nos oferecem sementes de qualidade, e nós apenas somos o elo entre os investigadores e os agricultores. Como extensionistas, transmitimos o conhecimento adquirido para os agricultores”, explicou Telma Cumbe, extensionista.

As intervenções foram feitas esta quarta-feira, na abertura do seminário de revisão periódica de tecnologias do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que decorre até esta quinta-feira na Cidade de Maputo.

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