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Mais de 29 mil seropositivos iniciaram o tratamento Antirretroviral (TARV) em 2017 na cidade de Maputo. O número representa um aumento de pouco mais 10 mil pessoas em relação ao ano de 2015.
Segundo o secretário executivo do Conselho Provincial de Combate ao SIDA (CPCS), Samuel Quive, citado pela AIM, o número de pessoas que iniciaram o tratamento inclui 1.404 crianças.
Até ao fim do ano passado, 132.287 pessoas seropositivas estavam em tratamento na cidade de Maputo.
Os dados foram apresentados esta quinta-feira em Maputo, durante a I sessão do CPCS 2018, um evento que foi dirigido pela governadora da cidade de Maputo, Iolanda Cintura.
Quive explica que contribuiu para o aumento do número de seropositivos em tratamento a realização de 4.303 palestras e jornadas de sensibilização, 15 feiras de saúde e capacitação de 13 instituições públicas em matéria de combate e prevenção ao HIV e SIDA.
No mesmo período, segundo Quive, o CPCS conseguiu alcançar através dos trabalhos de sensibilização 16.460 raparigas com idade compreendida entre os 15 e os 19 anos, 4.494 trabalhadoras de sexo e 1.959 camionistas, que representa um aumento superior a 50 por cento comparativamente a 2016.
A fonte explicou que ainda persistem muitos desafios na prevenção e combate ao HIV/SIDA.
“Em primeiro lugar, temos o desafio da mobilização de fundos para apoiar as iniciativas para prevenção e combate ao HIV e SIDA, o envolvimento máximo das lideranças locais na sensibilização das famílias para a redução do estigma e descriminação e maior retenção dos pacientes em TARV seja uma realidade”, disse.
Apontou como outro desafio apoiar as jornadas de sensibilização, incluindo feiras de saúde na comunidade, promover maior disponibilidade do preservativo, bem como o uso correcto e consistente e continuar a promover a prática da circuncisão médica masculina.
Durante a apresentação do Plano Económico e Social (PES) 2018 do CPCS, a representante da sociedade civil, Avisa Faquir, anunciou que uma das actividades previstas é a promoção, em todos os distritos, de jornadas de sensibilização, feiras de saúde nas comunidades e nos locais de maior concentração populacional.
A iniciativa visa aumentar o número de pessoas vivendo com HIV que conhecem o seu estado serológico para iniciaram o TARV, prevenção positiva e educação para o tratamento.
Para a implementação do PES 2018 do CPCS estão orçados mais de dois milhões de meticais (cerca de 33 mil dólares).
A cidade de Maputo tem 38 unidades sanitárias das quais 35 são do Serviço Nacional de Saúde e três unidades militares, destas, 35 oferecem serviços de TARV.
Dados recentes indicam que mais de 2,1 milhões de pessoas vivem com HIV em Moçambique, das quais cerca de 54 por cento estão em tratamento.
