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Mais de 274 mil pessoas em situação de risco na presente época chuvosa na Zambézia

Pouco mais de um milhão e seiscentas mil pessoas no país poderão ser afectadas pelas cheias, inundações, ciclones, ventos fortes e vendavais na presente época chuvosa no país. Deste número, pouco mais 274 mil pessoas residem na província da Zambézia, sendo os distritos como Maganja da Costa, Mocuba e Namacurra os que apresentam maiores riscos.

Agostinho Vilanculos, chefe do departamento de gestão das bacias hidrográficas no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, alerta para a tomada de precaução, sobretudo para as populações que residem ao longo das margens da bacia do rio Licungo, onde o caudal poderá atingir pouco mais de sete metros de altura.

"O que estamos a dizer é que o Licungo poderá estar dois metros acima do normal. Como sabe o nível hidrométrico considerado normal é de seis metros de altura e o Licungo poderá superar esta fasquia e provocar situações anómalas na vida das comunidades" disse Vilanculos.

Mais de 400 famílias continuam em tendas

Enquanto surgem receios para a época chuvosa em curso, centenas de famílias que foram afectadas pelo ciclone IDAI, no passado mês de Março na localidade de Nomiua, distrito da Maganja da Costa, continuam a viver em situações precárias.

Na sequência das intensas chuvas que destruíram as suas residências, as famílias em causa beneficiaram de assistência diversa, incluindo tendas para abrigo.

Volvidos sete meses, as famílias continuam alojadas em tendas sem prespectiva de retomarem imediatas de voltarem para a normalidade.

Sobre o assunto questionamos a Directora-Geral do INGC, Augusta Maíta que, no entanto, disse que a situação passa por um estudo que visa definir o modelo de casa resiliente que se deve construir.

No contacto com as famílias, Maíta informou que o ideal seria cada família produzir blocos queimados e o governo comparticipar com barrotes e chapas mas a situação financeira em que o país se encontra não facilita para tal medida.

No final apelou as mais de 400 famílias a estarem atentas e continuarem abrigadas nos pontos seguros.

 

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