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Mais de 20 mil moçambicanos foram deportados por permanência ilegal nos países vizinhos

Mais de 20 mil moçambicanos foram deportados por permanência ilegal nos países vizinhos durante os primeiros nove meses deste ano. Esses dados representam uma redução na ordem de 34%, quando comparado ao igual período do ano passado.

São muitos os moçambicanos que atravessam, de forma ilegal, as fronteiras para os países vizinhos! O motivo é o de sempre: a busca por melhores condições de vida que, supostamente os países vizinhos poderá – lhes proporcionar.

Verdade ou não, o certo é que as autoridades dos países de partida bem como de chegada desdobram-se ao máximo para combater está prática que, sob ponto de vista legal, configura crime.

É neste sentido que, durante os primeiros nove meses do ano em curso, as autoridades dos países de chegada deportaram mais de 20 mil moçambicanos por permanência ilegal, sendo que na sua maioria foi deportada a partir da África do Sul. Esses dados, representam uma redução na ordem de 34% de 32 911 quando comparado com os primeiros nove meses do ano passado.

“Apesar desta redução na ordem dos 34% do volume de cidadãos deportados, a vizinha República da República da África do Sul continua a ser que mais cidadãos nacionais deporta, tendo no período em análise deportado um número global 20.326 nacionais, o correspondente a 93% do volume global dos cidadãos que foram deportados no período em análise”, declarou Cira Fernandes, porta-voz do Serviço Nacional de Migração.

Segundo o Serviço Nacional de Migração, a redução de deportados na ordem dos 34% pode estar relacionado a factores como a mudança de mentalidade dos cidadãos nacionais sobre a necessidade de portar um passaporte ou documento de viagem equivalente para atravessarem as fronteiras nacionais.

Como resultado disso, àquela instituição viu subir o número de pedidos de passaporte, tendo “o SENAMI registado durante o período em análise, um aumento de pedidos de documentos para nacionais na ordem de 4%, ou seja, foram recebidos nos balcões de atendimento público, de Janeiro a Setembro, um total de 161.195 pedidos contra 156.119”, revelou Cira Fernandes, porta-voz do Serviço Nacional de Migração.

Por outro lado, mais de 1 400 estrangeiros viram frustradas as suas tentativas de entrar no país por apresentarem vistos falsos e falta de clareza dos motivos que lhes fazia vir ao país. Este número representa uma redução na ordem de 21%, quando comparado ao mesmo período de 2017 que esteve em cerca de 1863.

“A causa principal da redução das recusas de entrada esteja relacionada com a intensificação das medidas de controlo migratório a nível dos nossos postos de travessia com principal enfoque para aqueles postos que são apresentavam maior volume de recusas de entrada”, salientou porta-voz do Serviço Nacional de Migração, Cira Fernandes

Refira-se que, no âmbito de acordos de isenção de vistos de entrada, o período de permanência de moçambicanos na África do Sul, Zimbabwe, Malawi, Zâmbia é de 30 dias, com excepção de Tanzânia que são 90 dias.

 

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