O Ministério da Terra e Ambiente retomou, hoje, o debate sobre o banimento do saco plástico, numa altura em que se estima que 17 mil toneladas de plástico são atiradas aos rios e aos oceanos.
É um recurso indispensável no dia-a-dia de várias famílias, mas em vias de entrar em desuso, devido aos constrangimentos que cria à saúde e ao meio ambiente.
Volvidos cinco anos de implementação do regulamento do uso do saco plástico, constata-se que este material ainda é um dos grandes problemas na gestão de resíduos sólidos.
“Entre os impactos negativos causados pela proliferação do saco plástico, destacam-se a obstrução de valas de drenagem, inundações urbanas, surgimento de doenças associadas a focos de criação de vários vetores, sem esquecer a perda da fauna marinha e terrestre. A queima do plástico provoca a poluição do ar através de emissão de gases prejudiciais à saúde humana e de outros seres vivos”, explicou a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibase.
Estima-se que, anualmente, o país descarte cerca de 100 mil toneladas de saco no ambiente, das quais 17 mil vão para os rios e oceanos.
“O estudo do REPENSAR (2020) sobre o estabelecimento de um programa em lixo marinho e micro-plásticos categorizou os 10 tipos de lixo plásticos nas principais praias urbanas e não-urbanas da Cidade e Província de Maputo e constatou que o maior contribuinte do lixo marinho das praias urbanas são os sacos plásticos que ocupam a 4ª posição no caso das praias não-urbanas”, esclareceu a ministra.
O Ministério da Terra e Ambiente quer reverter este cenário, daí que defende a utilização de recursos alternativos ao saco plástico.