Arrancou esta segunda-feira a quarta fase do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais da Renamo. O processo vai abranger 366 guerrilheiros oriundos de bases dos distritos Marínguè, Cheringoma e Chemba, a norte da província.
Foram criados, à semelhança do que aconteceu em cerimónias anteriores, vários serviços com os de registo civil e atribuição do Número Único de Identificação Tributária (NUIT), para efeitos de abertura das contas bancárias.
Na base de Cheringoma, 173 guerrilheiros passaram à vida civil e entrega das respectivas armas deverá acontecer no dia 14 deste mês.
A desmobilização de 43 homens armados da Renamo da base de Chemba deverá terminar a 24 deste mês, enquanto o processo de Marínguè, abrangendo 145 homens, inicia a 25 deste mês e termina a 01 de Novembro. As armas de cada uma das bases deverão ser entregues dias antes destes guerrilheiros seguirem para as suas casas.
Para diminuir encargos logísticos, todos os antigos combatentes da Renamo das bases localizadas na zona norte de Sofala passarão à vida civil a partir do centro de Mapangapanga, em Vunduzi, na serra da Gorongosa.
O secretário-geral da Renamo, André Magibire, lembrou aos antigos guerrilheiros que a “guerra chegou finalmente ao fim e está na hora de cada um” dos seus correligionários passar à vida civil.
“Este facto não significa” que a ligação “com a Renamo terminou. Estamos apenas a dizer que vamos, agora, fazer política sem armas na mão e a nossa maior esperança e que sejam recebidos como verdadeiros irmãos” nas comunidades “onde vão passar a viver para o bem de todos”.
Enquanto isso Eugénio Mussa, representante do Governo no DDR, garantiu que “o presidente Filipe Nyusi tudo fará para garantir que este processo continue a decorrer da melhor maneira. O Governo está comprometido com a paz e a reconciliação nacional, daí que convidamos aos antigos guerrilheiros e a liderança da Renamo a comprometer-se igualmente com este processo para garantir que o país encontre uma paz efectiva”.
Nas três ocasiões anteriores do DDR em Sofala, passaram à vida civil 305 guerrilheiros em Savane, 251 em Muxúnguè e 384 do último grupo de Vunduzi. A cerimónia de entrega de armas foi testemunhada pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade.