O livro escolar para o próximo lectivo poderá ser produzido em Moçambique, segundo o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que explicou ao O País que esta poderá ser uma forma de evitar os constrangimentos vividos este ano e melhorar a qualidade na produção.
Adriano Maleiane falou ao “O País” após ser questionado sobre o estágio do processo de produção do livro escolar para 2025. O governante começou por explicar que o país está num processo de transição: a produção do livro deixar de ser feita no exterior e passará a ser feita aqui e porque “o processo não é linear, foi registrado o atraso”.
Maleiane faz esses pronunciamentos, numa altura em que há um mês para o fim do ano lectivo, ainda existem alunos sem o livro escolar de distribuição gratuita.
O governante, garantiu, entretanto, que tudo está a ser feito para melhorar a produção do livro escolar e a solução passa por produzir o livro internamente, o que pode acontecer a partir do próximo ano.
“Já temos uma capacidade para produção, já temos as impressoras com capacidade para produzir, porque é muito livro, a gente não foi sempre para fora por questões de gosto é que realmente a capacidade instalada ainda não tínhamos para produzir tanto livro”, explicou.
Outro motivo que Maleiane levantou é o facto de o livro, ter sido, por muito tempo, produzido devido ao apoio externo, por isso, falou da necessidade de ser o país a produzir com seus fundos, sem depender de parceiros.
O Primeiro-Ministro disse que a ideia não é recusar o apoio que possa vir, mas é preciso garantir que 100 por cento do orçamento para a produção do livro escolar seja do Estado. Isso, no entender do Governante, vai garantir qualidade dos próprios manuais.