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Leia Dongue: brilhar toda hora!

Foto: Liga Endesa

Três vezes nomeada como MVP da Liga Endesa, Leia “Tanucha” Dongue concorre agora ao prémio de melhor “ala-pivot”, extremo poste desta competição.

Nasceu para trilhar caminhos do sucesso. Pulverizar grandes palcos mundiais. Espanha é mais uma etapa, depois de passagens fugazes pelo Nantes Rezé Basket (França) e Cegled (Hungria). Consagrada com títulos colectivos (campeã da LF2 pelo Al Qazers da Espanha, na época 2015-2016, e Liga Dia pelo Citylift Girona em 2018-2019), está na hora de carregar um prémio individual na Liga Endesa.

Não que, diga-se em abono da verdade, as três distinções como melhor jogadora da jornada da Liga Profissional de Basquetebol feminina da Espanha na 7ª (contra o Tenerife), 8ª  (IDK) e 25ª jornadas (diante do Lolitenk Gernika Bizkaia) anulem a tão ambicionada nomeação como melhor extremo-poste da Liga Endesa.

É verdade, a melhor, mais explosiva e mais sucedida basquetebolista moçambicana da actualidade concorre ao prémio de melhor “ala-pivot” de uma das mais atractivas ligas femininas do planeta.

Leia Bastião Dongue concorre ao lado da internacional basquetebolista espanhola Irati Etxari (23 anos e 1, 89 metros), jogadora que evolui no Cadí La Seu.

Mas quem é Irati Extari? Quais são as suas valências? Tão simples! Nascida em Pamplona, em 1998, Etxarri é considerada pela crítica e aficionados como uma das maiores promessas do basquetebol espanhol, tendo passado pelas mãos de Juan Ustárroz e Mario Alonso.

Teve uma passagem pelo CB Burlada, onde foi escolhida para o cinco ideal do Campeonato Espanhol Infantil de 2012. Na temporada 2015-2016, evoluiu no CD Baloncesto Cantolagua na Primeira Divisão, atingindo à “Final Four” da categoria. No ano seguinte, ela jogou na Liga Feminina com o Lacturale Araski AES.

Em  2018-2019,  época que  testemunhou a consagração de Leia Dongue como campeã da Liga Dia, Irati Etxarri assinou contrato com o Cadi La Seu.

Rápida ascensão, excelente valoração. Em 2021, estreou-se pela selecção principal disputando as eliminatórias para o “Afrobasket” 2023 diante da Eslovénia e Israel.

E tal chamada à selecção principal é tão só resultado do seu notável  percurso nos escalões de formação, onde açambarcou os títulos de campeã europeia de sub-16 (em 2014, na Hungria) e sub-20 (2018, na Hungria) para além de ter sido “vice” no escalão de sub-18 (em 2016, na Hungria).

Mais experiente, Vega Gimeno é outra das concorrentes ao prémio de melhor “extremo-post” da Liga Endesa 2021-2022.

Nascida em 1991, em Valencia, Vega Gimeno é active do Casademont feminino de Zaragoza. No alto dos seus 1, 85 m, Gimeno conta com um palmarés interessante ao nível dos escalões de formação. Foi medalha de prata no Eurobasket de sub-16 (2007, na Letónia), ouro no Eurobasket de sub-18 (2009, na Suécia) e outra prata no Mundial sub-19 (2009, na Tailândia). Mas não se ficou por aí: ajudou a Espanha a conquistar no Eurobasket sub-20 (2011, na Sérvia), bronze nos Jogos Europeus de Bakú de 3×3 (2015) e ouro no Campeonato Europeu 3×3 (Paris, em 2021).
Ao nível de clubes, conta com “Copa de la Reina 2010-2011 (Rivas Ecopolis), Copa de la Reina 2012-2013 (Rivas Ecopolis) e Liga Femenina 2013-2014 (Rivas Ecopolis).

Curiosamente, Vega Gimeno e Irati Etxarri estão ainda na corrida ao prémio de MVP nacional ao lado de Cristina Ouvinã.  Sika Koné, Mariam Coulibaly e Emese Hof são as atletas nomeadas para melhor “pivot”.

 

OS DADOS DE TANUCHA

Os dados estatísticos da Liga Endesa indicam que os Tanucha contabiliza 385 pontos (média de 15, 4/jogo) em 695.40 minutos (média de 27.49 minutos), 152 lançamentos de campo convertidos em 310 tentados (49% de aproveitamento), 21 tiros exteriores certeiros em 74 tentativas (28, 4% de aproveitamento) e 60 lances livres convertidos em 105 totais (57, 1 % de aproveitamento).

Dominadora nas tabelas, colectou 159 ressaltos dos quais 126 defensivos e 33 ofensivos, perfazendo uma média de 6, 4 “rebounds” por jogo.

Leia Dongue tem ainda o registo de 50 assistências (2 por jogo, quando se olha para a sua média global), 66 perdas de bola (média de 2, 6 “turnovers” por jogo) e 23 roubos (0, 9 “steals” por partida).

 

T & T  NÃO EVITAM DERROTA DO KUTXABANKI

Leia Dongue esteve perto de um duplo-duplo (11 pontos e 8 ressaltos) na derrota, sábado, do Kutxabanki Araski diante do Casademont Zaragoza (79-69).

No pavilhão Polideportivo Mendizorrotza, Leia Dongue contabilizou 28: 03 minutos na quadra, sendo que nos lançamentos de campo converteu 5 em 16 tentados e 1 em 4 na linha de lances livres. A compatriota Tamara Seda, que contabilizou 19:35 minutos, teve um registo de dois pontos e igual número de ressaltos.

Seda concretizou 1 em 1 lançamentos de campo, num dia em que o Kutxabanki Araski viu o Casademont Zaragoza a classificar-se para seus primeiros “Play Offs”.

Rezam as crónicas que o confronto começou muito equilibrado.A única vantagem alcançada pelo conjunto das internacionais basquetebolistas moçambicanas foi com 9:00 minutos por se jogar no primeiro quarto com parcial de 7-6. A partir de então, Kutxabank Araski ficou a lutar para não deixar o seu adversário ganhar vantagem confortável, fechando o primeiro quarto a perder por 19-11.

O Casademont Zaragoza utilizou apenas sete jogadores, mas com um cinco mais esclarecido na quadra, criou imensas dificuldades ao seu adversáerio. As atletas Delaere, Gimeno e Hempe fizeram a diferença na quadra. O Zaragoza, melhor na quadra, fugiu para 13 pontos ao intervalo: 43-30.

Kutxabank Araski saiu melhor no terceiro quarto, fazendo um parcial de 15-3 e colocandom a diferença no marcador em apenas um ponto após um triplo de Arrate Agirre (45-46; minuto). O Zaragoza reagiu, mas o jogo estava equilibrado com registo no marcador de 50-55. Leia Dongue e Tamara Seda e companhia acreditaram sempre na reviravolta.

Mas a reacção foi insuficiente porque Casademont voltou a pressionar e, rapidamente, voltou a criar uma diferença acima de um digito vencendo o jogo (69-79).

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