O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural lançou, hoje, a fase de preparação detalhada do Programa Nacional para Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos. Na primeira etapa, o projecto poderá custar pouco mais de 18 milhões de euros.
Os ciclones Idai e Kenneth são eventos extremos da natureza que ainda estão frescos na memória dos moçambicanos.
“Os eventos que tivemos em Março e que deixou algumas marcas de destruição e perdas de vidas humanas. Isso deve-se à localização geográfica do nosso país”, recordou a Secretária Permanente do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Sheila Santana.
Entretanto, a ocorrência desses fenómenos, não se deve, somente, à localização geográfica do país, mas também a emissão de gases de efeito de estufa. E é isso que o Governo quer combater.
“O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural formou a proposta e uma nota conceptual do projecto de gestão sustentável de resíduos em Moçambique com acções de mitigação nacionalmente apropriadas para o sector urbanos no país e submeteu a NAMA Facility”, revelou Sheila Santana.
A NAMA Facility Financia acções de mitigação de gases de efeito de estufa nos países em via de desenvolvimento e Moçambique submeteu a sua proposta.
“O projecto de gestão de resíduos sólidos em Moçambique a ser submetido a NAMA Facility, para sua primeira fase, tem um orçamento de cerca de 18.3 milhões de euros e nos próximos anos pretende-se que aumente para os níveis que se situem entre os 133 a 153 milhões de euros para o sector dos resíduos”, avançou a Secretária Permanente do MITADER, acrescentando que com o projecto espera-se que sejam poupadas 500 mil toneladas de dióxido de carbono até 2024 e 2.8 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030.
O Programa prevê, ainda, a construção de 19 estruturas melhoradas de gestão de resíduos no país e financiar pequenas e médias empresas de iniciativa integrada de gestão de resíduos, construindo as bases de uma economia circular.