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Junta Militar do Myanmar garante que haverá eleições este ano

Foto: Notícias ao Minuto

A Junta Militar, no poder em Myanmar, prometeu esta quarta-feira que vai realizar eleições ainda este ano e libertar mais de sete mil prisioneiros no dia em que se comemoram os 75 anos da independência do país.

O líder da Junta Militar, o general Min Aung Hlaing, instou outras Nações e organizações internacionais, bem como a própria população, a apoiarem “o genuíno sistema democrático multipartidário e disciplinador”, um conceito que os militares no poder definiram como objectivo.

O primeiro passo real para a realização das eleições poderá ocorrer no final deste mês, quando a última prorrogação de seis meses de um estado de emergência terminar, refere o Notícias ao Minuto.

“Ao cumprir as disposições do estado de emergência, serão realizadas eleições livres e justas, de acordo com a constituição de 2008, e serão empreendidos mais trabalhos para entregar os deveres do Estado ao partido vencedor, de acordo com os padrões democráticos”, declarou Min Aung Hlaing no discurso proferido hoje na capital.

O plano para uma eleição geral é amplamente visto como uma tentativa de normalizar a tomada do poder pelos militares através das urnas e de entregar um resultado que assegure que os generais mantenham o controlo. Os militares controlarão todo o processo e passaram os últimos dois anos a enfraquecer qualquer oposição credível.

Embora não oficialmente proibida, a Liga Nacional para a Democracia, o popular antigo partido no poder, foi efectivamente desmantelada, com os líderes e muitos dos membros a serem enviados para a prisão ou forçados à clandestinidade.

Todas as formas de dissidência são actualmente reprimidas pelas forças de segurança, por vezes com força letal.

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