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Júlio Carrilho (1946-2021): último adeus ao Arquitecto-mor é hoje

A despedida do nacionalista e homem multifacetado está agendada para esta quinta-feira, a partir das 10 horas. A cerimónia será restrita, em respeito às medidas de prevenção da COVID-19.

Família reunida e uma agenda que ninguém gostava de tratar, o último adeus a um homem que carrega vários adjectivos positivos. As exéquias de despedida do Arquitecto-mor estão marcadas para esta quinta-feira (09.12.2021), sendo que, às 10 horas, inicia a missa de corpo presente na Igreja Santa Ana da Munhuana, em Maputo, limitada a 100 pessoas.

De acordo com o programa disponibilizado pela família, a missa será seguida da leitura de mensagens da família, amigos e instituições com as quais colaborou em vida, às 11 horas. Às 11h30, vai começar o velório, que será aberto a todas as pessoas que, querendo, também poderão assinar o livro de condolências. Depois, seguir-se-á para o Cemitério de Lhanguene.

Renato Carrilho, irmão do desenhador, arquitecto, escritor, professor e governante de reconhecida responsabilidade, lamenta o facto de nem todos que gostariam de poder participar da despedida devido à COVID-19.

“Temos que cumprir as medidas de prevenção da pandemia. Vamos observar tudo de forma rigorosa em todos os momentos que vão caracterizar o último adeus”, disse.

Júlio Carrilho perdeu a vida no último domingo, vítima de doença, mas Narciso Matos, académico e antigo reitor da Universidade Politécnica, prefere celebrar a vida.

“Diz-se que as pessoas são bem faladas depois de mortas, mas sobre o Júlio Carrilho afirma-se com toda a certeza que não há um homem mais desinteressado nos bens materiais como ele. Por isso, é melhor celebrar a vida, as obras que deixou quando era vivo. Carrilho era um amante da cultura. A casa dele é um pequeno museu”, lembrou, emocionado, Narciso Matos.

Castigo Langa, antigo ministro dos Recursos Minerais e Energia, também foi confortar a família enlutada. Nele também moram boas lembranças.

“É inesquecível o gesto que ele tinha de motivar a juventude a usar as suas energias para transformar e tornar o país num local melhor. As suas obras são visíveis em todas as instituições por onde passou”, disse.

O facto de Moçambique constar da lista de países com voos para Portugal suspensos devido à variante ómicron, um dos filhos de Júlio Carrilho não poderá despedir-se do pai presencialmente.

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