Depois de um interrogatório que durou duas horas e meia, o juiz de instrução criminal decidiu manter a prisão preventiva, uma medida que visa evitar a perturbação das investigações e diligências que ainda correm.
Alexandre Chivale, advogado do filho do antigo Presidente da República, disse que Ndambi Guebuza colaborou com o tribunal durante o interrogatório. Chivale contou ainda que a família Guebuza respeita e vai continuar a respeitar as instituições de justiça. Mas deixou escapar que pode haver motivações políticas. "Se o objectivo é sacrificar a família Guebuza por causa das eleições, que eu (Ndambi Guebuza) seja o último da família a ser sacrificado", disse Chivale, citando as palavras de Ndambi.
Oficiais de justiça criam cordão de segurança para que Ndambi não seja filmado
Nbambi Guebuza acaba de entrar na sala onde vai ser legalizada a detenção. E porque fugir da imprensa é, desde a chegada do arguido, um dos objectivos, os oficiais de justiça criaram um cordão de segurança para que a cara do filho do ex-Presidente da República não fosse captada.
Neste momento decorre a audição de legalização da detenção.
Ndambi Guebuza no Tribunal para legalização da detenção
12h09:Acaba de chegar ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo o filho do antigo estadista moçambicano, Armando Guebuza, detido, sábado, acusado de envolvimento no esquema de contratação das dívidas ocultas.
O arguido chegou ao Tribunal acompanhado por muitos seguranças e funcionários do Tribunal, que subiram apressadamente às escadas, logo que se aperceberam da aproximação da imprensa. Neste momento, Ndambi aguarda (conforme ilustra a imagem) pelo início da sessão de legalização da sua detenção.
Os guardas prisionais mandaram os jornalistas abandonarem o local, para que estes não se apercebam do momento da saída de Ndambi Guebuza.
Alexandre Chivale, advogado da família Guebuza, é quem vai defender Ndambi Guebuza.
Chivale vai acompanhar o interrogatório dirigido pelo juiz de instrução Criminal, Délio Portugal. Na sala estará ainda um representante do Ministério Público e um funcionário do Tribunal.
Recorde-se que sábado o juiz decretou prisão preventiva para sete dos oito moçambicanos já detidos por envolvimento no esquema de contratação das dívidas ocultas.