O ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, que cumpre pena de prisão de 15 meses, deve comparecer na próxima terça-feira em tribunal para responder por suspeitas de mais de 20 anos relativas à corrupção, anunciou hoje o juiz Piet Koen.
O juiz do Tribunal Superior de Pietermaritzburg, capital do KwaZulu-Natal, decidiu que o requerimento de Jacob Zuma contra o procurador público, o advogado Billy Downer, fosse ouvido presencialmente no tribunal.
Segundo o Notícias ao Minuto, os advogados do antigo chefe de Estado, que está preso no centro prisional de Estcourt, próximo da sua residencial oficial de Nkandla, em KwaZulu-Natal, defendem o afastamento do procurador público da liderança do processo de corrupção contra Zuma, alegando que o ex-Presidente “não terá um julgamento justo”.
Em 20 de julho, o juiz anunciou o adiamento do julgamento de Zuma para Agosto de 2021 para discutir o pedido especial apresentado pela defesa do antigo chefe de Estado.
Caso se concretize a sua comparência no tribunal do leste do país, Zuma, irá comparecer em público pela segunda vez desde que foi preso minutos antes da meia-noite do passado dia 7 de Julho.
No dia 22 de Julho foi autorizado a sair do estabelecimento prisional para participar no funeral de um irmão mais novo, Michael Zuma, que se realizou em Nkandla.
A cidade litoral de Pietermaritzburg, onde decorrerá o julgamento, foi uma das cidades mais atingidas pela recente onda de saques e violência que eclodiu após a prisão de Zuma e que provocaram mais de 330 mortos.
Pelo menos 40.000 empresas sul-africanas foram saqueadas, queimadas ou vandalizadas, nos violentos protestos, segundo o governo da África do Sul.