Os judocas moçambicanos que conquistaram três medalhas no africano da modalidade, no Quénia, preparam-se para os mundiais. As provas vão ter lugar no próximo mês, na Bósnia e no Equador.
O Campeonato Africano de Judo, cujo epílogo foi no Quénia, ficou para a história. Três medalhas – uma de ouro e duas de bronze – constituem o saldo da participação moçambicana no africano da modalidade. Os judocas Shenidy Tsemane, Jennie Muneme e Paulo Ribeiro Júnior a deixarem a sua marca.
Ora, agora as atenções estão viradas para os mundiais da Bósnia e Equador, onde os judocas moçambicanos pretendem voltar a cometer a proeza tida no “africano”. A memória fresca do “africano” ainda paira na mente dos representantes moçambicanos na competição, de tal sorte que, para Shenidy Tsemane, foi uma experiência única. Não é para menos, é a primeira vez que ela conquistou uma medalha de ouro numa prova desse quilate.
“É gratificante ter ganho uma medalha de ouro pela primeira vez na minha carreira e, como se não bastasse, numa prova de dimensão do “africano”, diz Sheniy. Ainda vive intensamente o momento, mas sem embandeirar em arco, pois sabe do desafio que lhe espera pela frente: o mundial da Bósnia, prova na qual espera fazer mais um brilharete.
O objectivo é claro, como, aliás, ela faz questão de dizer: “trazer outra medalha de ouro”. Jennie Muneme ainda está na ressaca do “africano”, mas com os pés bem assentes ao chão. Mais do que conquistar uma medalha de bronze, a judoca moçambicana diz ter aproveitado a competição para adquirir experiência, através do contacto com atletas de outras paragens de África.
“Já me estou a preparar para o mundial. Pretendo, nesta competição, deixar a minha marca. O “africano” serviu como um elemento motivacional para mim, pois saí desta competição mais fortalecida”, explica.
Quem também já tem o seu nome estampado no panteão do judo africano, é Paulo Ribeiro Júnior, ao conquistar uma medalha de bronze, naquela que, à semelhança da Shenidy Tsemane, foi a sua primeira “aventura” em competições desta magnitude.
“Foi uma prova muito competitiva, tendo em conta que havia judocas muito fortes. No início da competição, estava muito nervoso, mas depois fui soltando-me, daí ter obtido uma medalha de bronze”, observa Paulo Ribeiro. A próxima etapa é marcar presença no mundial, cujo evento vai ser nas terras sul-americanas, no caso no Equador. Paulo Ribeiro quer, mais uma vez, fazer ecoar o hino nacional, razão pela qual se tem preparado afincadamente para esta competição.