Sete mil e duzentos jovens da província de Inhambane serão formados em matérias de hotelaria e turismo no âmbito de uma parceria entre o governo de Inhambane, a Consultoria e Formação em Segurança Industrial em Moçambique (MISAT, sigla em inglês) e o Instituto de Excelência Global de Moçambique (GEM Institute).
A formação visa capacitar os jovens de modo a tirarem proveito das oportunidades existentes na província e reduzir a importação da mão-de-obra no sector de hotelaria e turismo.
Skilling the Nation ou “Capacitando a Nação”, traduzido do inglês para o português, é o nome do projecto que pretende fazer de Inhambane uma referência na área de educação hoteleira, de acordo com Nércia Mazve, directora operacional da MISAT.
Como pontapé de saída, esta quarta-feira, o governo de Inhambane e os parceiros reuniram-se em Maputo para discutir os processos em relação à implementação do projecto.
Os primeiros distritos da “terra da boa gente” a beneficiarem do projecto em alusão serão Guvuro, Inhassoro, Mabote e Vilanculos. A expectativa é que vários sectores da economia moçambicana beneficiem dessa capacitação.
Galiza Matos Jr., administrador de Vilanculos, explicou que “se tivermos cada vez mais jovens moçambicanos a ocuparem estas áreas [hotelaria e turismo]”, haverá, “consequentemente, cada vez mais trabalho (…). É dinheiro que estará a circular para as famílias moçambicanas para que possam comprar produtos de moçambicanos”.
Segundo Carlos Mussanhane, administrador de Mabote, o objectivo do projecto vai além de reduzir a importação de mão-de-obra. O que se quer é que jovens possam também trabalhar além-fronteiras.
A capacitação decorrerá a nível provincial e já existe uma infra-estrutura de ensino preparada para tal, o Hotel-Escola, localizado na cidade de Inhambane. As instalações foram colocada à disposição do GEM Institute e à SMS Catering – empresa especializada em catering industrial, avançou Samuel Júnior, representante da secretária de Estado de Inhambane.
Numa primeira fase, a capacitação será feita por formadores internacionais e espera-se que, num futuro próximo, moçambicanos estejam preparados para formarem outros compatriotas, dentro dos referidos padrões reconhecidos a nível internacional em matérias de hotelaria e turismo.