O secretário-geral da Frelimo diz que os jovens da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) não se podem deixar instrumentalizar para servir interesses alheios ao partido e ao país. Roque Silva acrescenta que não deve haver discórdias dentro da formação política após eleição de novos órgãos da OJM.
Pelas ruas e avenidas da Matola, há bandeiras vermelhas içadas em postes e árvores. Carregam um símbolo. É o batuque e a maçaroca. Estão ao longo do caminho que vai dar à Escola Central do partido Frelimo. É onde decorreu, esta quinta-feira, II Sessão Extraordinária do Comitê Central da Organização da Juventude Moçambicana, braço juvenil da Frelimo.
Na abertura do evento, o secretário-geral da Frelimo destacou o papel da juventude no combate ao terrorismo, mas não deixa de ser uma camada vulnerável a alguns males.
“A Frelimo tem, na juventude, um campo em que se desenrolam as batalhas mais decisivas do nosso futuro como um partido forte e coeso, mas também como nação una e indivisível. Os inimigos da nossa liberdade e do povo independente e soberano também têm consciência desta realidade”, disse Roque Silva, secretário-geral da Frelimo.
Roque Silva citou alguns exemplos dos que querem desviar a juventude do seu foco. “Os que promovem o terrorismo em Cabo Delgado instrumentalizam jovens, os que atacam os nossos dirigentes e minimizam as nossas conquistas nas redes sociais, manipulam jovens e combatem as nossas ricas tradições culturais no nosso modo de ser e estar como povo, intoxicam jovens com fantasias alheias à nossa moçambicanidade”, enumerou.
Neste sentido, Roque Silva exorta os jovens da OJM a nunca aceitarem ser usados para cumprir agendas alheias ao partido e ao país.
“A OJM não se deve deixar manipular. Não deve permitir que seja transformada em instrumento de realização de agendas para fins alheios à Frelimo e ao país. A OJM deve estar focada no seu papel de enquadrar os jovens nas tarefas nacionais, prosseguindo e valorizando as ricas experiências de jovens de 25 de Setembro e da geração de 8 de Março, promovendo a educação dos jovens na moral sã, no civismo, ética social, patriotismo e cidadania responsável”, exortou o secretário-geral da Frelimo.
No segundo congresso da OJM, deverão ser eleitos novos órgãos e este escrutínio não pode servir para semear discórdias no seio da agremiação. “Quero chamar atenção ao facto de que o processo que nos avizinha não pode deixar de trilhar entre jovens. Participemos de forma desportiva, ordeira e responsável. Teremos melhor orientação do partido porque tudo tem feito para que a paz resida em cada de nós e sair do segundo congresso com mágoas, estaríamos a minar a nossa paz. Façamos de tudo para que a passagem do testemunho seja um momento de festa e que fiquem marcas positivas para a história da nossa organização”, apelou Anchita Talapa, secretária-geral da OJM.
Rejuvenescer a Organização da Juventude Moçambicana é um dos imperativos impostos pelo secretário-geral da Frelimo aos novos órgãos que serão eleitos.