O País – A verdade como notícia

Já há dinheiro para reabilitar EN1

O Banco Mundial aprovou, hoje, um financiamento de 400 milhões de dólares por via da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), para  a reabilitação da Estrada Nacional Número 1 (EN1).

O valor deve apoiar o Projecto de Estradas Seguras para uma Melhor Integração Económica de Moçambique. Segundo um comunicado de imprensa enviado hoje pelo Banco Mundial (BM) ao “O País”, o objectivo é reabilitar troços rodoviários prioritários do corredor Norte-Sul da EN1.

Um total de 508 km de estradas serão reabilitados. “Estes incluem: Metoro-Pemba (94km) na província de Cabo Delgado; Gorongosa – Caia Lote 1 (0–84 km), Gorongosa – Caia Lot 2 (84–168 km) e Inchope – Gorongosa (70 km) na província de Sofala, Chimuar”, lê-se no comunicado do BM.

A maior parte dos fundos do projecto será utilizada na concepção e reabilitação de estradas mais seguras e resilientes ao clima, que incluirão melhorias rodoviárias e manutenção.

“As estradas são vitais para a actividade económica, crescimento, inclusão social e redução da pobreza”, observou Idah Z. Pswarayi-Riddihough, director do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comores, Maurícias e Seychelles.

Refere ainda a directora que “esta operação é fundamental para revitalizar a conectividade das estradas Norte-Sul de Moçambique e, assim, integrar as frágeis províncias Centro-Norte com o resto do país, reabilitando troços rodoviários prioritários do corredor Norte-Sul da N1”.

Por outro lado, as actividades financiadas pelo projecto incluem o envolvimento da comunidade e capacitação das mulheres; uma melhor gestão da segurança rodoviária; desenvolvimento institucional e gestão de projectos; e resposta a emergências.

“O projecto também apoiará as reformas do sector rodoviário que visam melhorar a segurança rodoviária, melhorar a preservação e gestão dos activos rodoviários, melhorar os mecanismos de financiamento do sector rodoviário e a preparação para lidar com desastres naturais”, acrescentou Nargis Ryskulova, especialista sénior em Transportes do Banco Mundial e líder do projecto.

Diz, ainda, na nota que “o projeto se insere numa Abordagem Programática Multifásica (MPA), igualmente aprovada hoje pelo Conselho de Administração do Banco Mundial, a qual desbloqueia um financiamento indicativo equivalente a 850 milhões de dólares em apoio ao sector rodoviário da República de Moçambique. A MPA tem uma duração prevista de dez anos”.

No entender do Banco Mundial, a EN1 é o corredor rodoviário mais longo do país cujas zonas frágeis e afectadas pelos conflitos no Centro e Norte de Moçambique não estão adequadamente integradas com o resto da economia, contribuindo para a pobreza e aumentando as causas subjacentes à fragilidade e insegurança.

“A melhoria da EN1 aumentaria a acessibilidade do mercado interno, desbloquearia o potencial agrícola e turístico e beneficiaria cerca de 56% da população total”, conclui o banco.

Segundo a nota do Banco Mundial, a Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial (IDA), criada em 1960, ajuda os países mais pobres do mundo, concedendo subsídios e empréstimos a juros baixos a zero para projectos e programas que impulsionem o crescimento económico, reduzam a pobreza e melhorem a vida das pessoas pobres.

“A IDA é uma das maiores fontes de assistência aos 75 países mais pobres do mundo, 39 dos quais em África. Os recursos da IDA trazem uma mudança positiva para os 1,5 mil milhões de pessoas que vivem nos países da IDA. Desde 1960, a IDA tem apoiado o trabalho de desenvolvimento em 113 países. Os compromissos anuais rondaram os 18 mil milhões de dólares nos últimos três anos, com cerca de 54% a irem para África”, lê-se no documento.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos