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Já há dinheiro para arrendar casas para vítimas da lixeira de Hulene

Desde 19 de Fevereiro, 270 famílias que residiam nas proximidades da Lixeira de Hulene passaram a viver em dois centros de acomodação abertos nos bairros Ferroviário e Albasine, na cidade de Maputo. A medida visava evitar mais vítimas humanas e danos materiais, depois da morte de mais de 15 pessoas na sequência do desabamento da Lixeira de Hulene.

Os centros de trânsito deverão encerrar ainda este mês, quando todas as famílias receberem o dinheiro para o arrendamento de casas, enquanto o Governo e o município da capital estão a construir as habitações definitivas no distrito de Marracuene.

O Município de Maputo recebeu do Ministério de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural 32 milhões de meticais para assegurar a transferência de famílias dos centros de trânsito para habitações temporárias. Cada família vai receber 120 mil meticais para pagar a renda de casa por um período de 12 meses, o equivalente a 10 mil meticais por mês.

Hoje, David Simango foi ao Centro de Trânsito do Ferroviária anunciar que, nos próximos dias, o dinheiro estará nas contas das famílias. Numa primeira fase, o município está a transferir 30 mil meticais para cada família pagar a renda dos primeiros três meses. “Além de anunciar a disponibilidade do dinheiro, fizemos a entrega simbólica de cheques a 10 famílias”, disse o presidente do Município de Maputo. Sobre a construção de casas definitivas em Marracuene, Simango diz que está em preparação um concurso público para a selecção dos empreiteiros que irão levantar 270 habitações e outras infra-estruturas sociais.

João Mateus e Rosa Sabonete fazem parte das pessoas que hoje receberam 30 mil meticais para pagar a renda dos primeiros três meses. Os dois esperam mudar para casas arrendadas o mais rápido possível, até porque a vida no centro não está nada fácil.

 

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