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Israel condena expulsão de sua diplomata da cimeira da UA

 

Israel acusa o Irão, com a ajuda da Argélia e da África do Sul, de orquestrar a expulsão de uma diplomata israelita da cimeira da União Africana. Entretanto, uma fonte da organização diz que Sharon Bar-li não tinha sido convidada.

Um vídeo que circula nas redes sociais os seguranças a escoltar a vice-directora geral para África do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Sharon Bar-li, para fora da cimeira da União Africana (UA), que está a ter lugar na capital etíope, Addis Abeba.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita descreveu o incidente como “grave”, notando que Bar-li era “uma observadora acreditada e com acesso”.

Citado pela DW, o porta-voz do ministério disse ser “lamentável ver a União Africana tomada como refém por um pequeno número de Estados extremistas como a Argélia e a África do Sul, movidos pelo ódio e controlados pelo Irão”. Os Estados africanos deveriam “opor-se a estas acções, que prejudicam o movimento da União Africana e todo o continente”, acrescentou o porta-voz.

Questionado sobre as acusações de Israel de que a África do Sul e a Argélia estariam por detrás do incidente, o porta-voz do Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, disse à AFP na cimeira: “Eles devem fundamentar a sua queixa”.

Israel obteve o estatuto de observador na União Africana em 2021, após décadas de esforços diplomáticos, gerando protestos de membros poderosos, incluindo a África do Sul e a Argélia, que argumentam que a medida contraria as declarações da UA em apoio aos palestinianos, escreve a DW.

No ano passado, o mal-estar agravou-se com a acreditação de Israel como observador na UA, com os palestinianos, que também têm um estatuto de observador no organismo, a exortar à sua retirada. A cimeira de 2022 suspendeu um debate sobre a retirada da acreditação e foi formado um comité para abordar a questão.

A discussão estalou quando Moussa Faki Mahamat, chefe da Comissão da União Africana, aceitou a acreditação de Israel, desencadeando uma rara disputa no seio de um organismo que valoriza o consenso. A UA não disse se o estatuto de Israel estaria em discussão na cimeira deste ano.

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