O País – A verdade como notícia

Os Estados Unidos suspenderam o processamento da maioria dos pedidos de visto para o Zimbabwe até novo aviso. A embaixada dos EUA em Harare citou preocupações não especificadas em relação ao governo do Zimbabwe como o factor determinante por trás dessa decisão.

A embaixada também esclareceu que essa suspensão não constitui uma proibição de viagem e que os vistos emitidos actualmente vão permanecer válidos.

Segundo a imprensa internacional, a suspensão entrou em vigor em 7 de Agosto e se aplica a todos os serviços de visto, com excepção da maioria das categorias de vistos diplomáticos e oficiais.

Essa medida segue restrições anteriores impostas pelo Departamento de Estado dos EUA, com o objetivo de lidar com excessos de permanência e abusos de visto.

Um relatório recente, citado pela African News, indicou que a taxa de permanência excessiva de visto para o Zimbabwe foi de 10,57% em 2023.

O Zimbabwe disse  expressou preocupação com o impacto dessa suspensão.

Pelo menos 22 pessoas morreram na última semana, devido à cólera,  no Sudão, elevando, assim, o número para 2.515 mortes, desde Agosto de 2024. Os dados são do Ministério da Saúde daquele país.

O Sudão enfrenta uma emergência sanitária cada vez mais grave. O Ministério da Saúde daquele país avança que 22 pessoas morreram na última semana, vítimas de cólera.

Na mesma semana, houve registo de 1.575 novas infecções, totalizando 101.000 casos confirmados, desde o início da epidemia.

A doença já se alastrou por quase todo o país, num contexto em que este é assombrado também pela guerra.

Desde Abril de 2023, o país está mergulhado num conflito violento entre os militares sudaneses e as Forças de Apoio Rápido.

Segundo as Nações Unidas, mais de 20.000 pessoas foram mortas e mais de 14 milhões foram forçadas a fugir das suas casas.

Com o sistema de saúde a entrar em colapso devido à pressão combinada da guerra e da doença, o Sudão enfrenta agora uma das crises humanitárias mais graves do mundo.

 

A Polícia Federal do Brasil encontrou no celular do antigo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, uma carta de pedido de asilo político destinada ao presidente da Argentina, Javier Milei. A polícia acredita que Bolsonaro pretendia fugir da justiça. 

A referida carta de pedido de asilo político  integra o inquérito que fez com que Jair Bolsonaro fosse indiciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.

A carta, segundo a Polícia Federal brasileira, evidencia um plano para deixar o país e evitar consequências judiciais da operação Tempus Veritatis, que investiga uma trama golpista.

O texto foi localizado em formato editável e sem assinatura, com última modificação registrada em 12 de Fevereiro de 2024, data em que Bolsonaro se refugiou por dois dias na embaixada da Hungria. 

Segundo a Polícia Federal, o conteúdo da carta afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição política no Brasil e que medidas judiciais recentes teriam motivado o pedido de asilo.

A introdução do texto alega que ele sofre retaliações por razões ideológicas e políticas, e que busca protecção em solo estrangeiro diante do que considera injustiças em curso.

 

Pelo menos 79 pessoas morreram esta terça-feira, num acidente de viação no Afeganistão. As vítimas estavam num  autocarro superlotado que transportava afegãos expulsos do Irão.

O acidente na rodovia Herat-Cabul que ocorreu na noite da última terça-feira,  envolveu uma moto, um caminhão e um autocarro, segundo o governo local.

O autocarro transportava refugiados afegãos expulsos do Irão, parte de um êxodo de centenas de milhares de pessoas, que estavam a caminho da fronteira para Cabul.

As autoridades afegãs apontaram que o autocarro pegou fogo após o acidente e que o número de mortos era de 79, com 17 crianças entre os mortos.

Os afegãos referem que os acidentes de trânsito têm sido comuns no Afeganistão devido à precariedade das estradas, situação agravada por décadas de guerra e motoristas que não seguem as regras.

 

Um ataque à mesquita, no noroeste da Nigéria, causou 32 mortos, segundo adianta o Notícias ao Minuto, citando um habitante da cidade de Unguwar Mantau.

O número actualiza a informação inicial difundida na terça-feira, quando foi conhecido o ataque à mesquita durante as orações matinais, que apontava para 13 mortos.

Segundo o Notícias ao Minuto, o comissário do estado de Katsina, Nasir Mu’azu, afirmou na terça-feira que o ataque à mesquita foi provavelmente uma retaliação por uma acção dos moradores de Unguwan Mantau, que no fim de semana emboscaram e mataram vários dos homens armados.

Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque na cidade de Unguwan Mantau.

Os ataques, que matam e ferem dezenas de pessoas, são comuns nas regiões noroeste e centro-norte da Nigéria, onde pastores e agricultores locais frequentemente entram em conflito pelo acesso limitado à terra e à água.

Os agricultores acusam os pastores, na maioria de origem fulani, de pastar o gado nas suas quintas. Já os pastores insistem que as terras são rotas de pastagem que foram inicialmente reconhecidas pela lei em 1965, cinco anos após o país ter conquistado a independência.

O conflito prolongado tornou-se mais mortal nos últimos anos, alertam autoridades e especialistas.

 

Pelo menos 393 pessoas morreram na sequência de chuvas fortes que caem no Paquistão e estão a causar destruição de infra-estruturas nos últimos cinco dias. O número pode aumentar, segundo o governo paquistanês.

Debaixo das chuvas torrenciais desde quinta-feira, Paquistão está em estado de alerta. Na sequência das enxurradas, foram contabilizados 393 mortos, grande parte registados na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa a noroeste.

No terreno, equipes de resgate tentam localizar dezenas de desaparecidos que podem estar soterrados. Segundo a autoridade de gestão de catástrofes do país, desde o dia 26 de Junho até aqui, há registo de 706 mortos.

O governo do Paquistão prevê mais danos humanos e materiais até meados de Setembro próximo, altura em que se prevê que o fenómeno chegue ao fim.

O Paquistão é considerado um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Em 2022, chuvas semelhantes mataram mais de 1.700 pessoas e causaram perdas económicas de mais de 30 mil milhões de euros.

 

Pelos menos 52 civis foram mortos, só neste mês, na República Democrática do Congo (RDC), pelas Forças Democráticas Aliadas, segundo a Missão das Nações Unidas para paz na República Democrática do Congo.

Os ataques das Forças Democráticas Aliadas (ADF), sediadas no Uganda, ocorreram nos territórios de Beni e Lubero, na província de Kivu do Norte, entre 9 e 16 de Agosto.

Condenando os assassinatos, a organização diz que a violência mais recente das ADF foi acompanhada por sequestros, saques e destruição de propriedades, tendo alertado que o número de mortos ainda pode aumentar.

A população da região já enfrenta uma situação humanitária precária e a missão da ONU promete reforçar o seu apoio às autoridades congolesas para a protecção de civis.

As ADF, formadas na década de 1990, por ex-rebeldes ugandenses, estão entre as várias milícias, que disputam terras e recursos no leste da República Democrática do Congo, rico em minerais.

A retomada da violência ocorre num momento em que um conflito separado, entre o exército da RDC e o grupo M23, apoiado por Ruanda, continua a ferver na região.

Ambos os lados se acusam mutuamente de violar um acordo de cessar-fogo recentemente alcançado, mediado pelos Estados Unidos.

O governo e o M23 concordaram em assinar um acordo de paz permanente até 18 de Agosto, mas até esta parte nenhum acordo foi anunciado.

 

O ex-primeiro-ministro do Mali, Choguel Kokalla Maïga, foi acusado de desvio de fundos públicos, falsificação e uso de documentos falsos, segundo fontes judiciais.

Kokalla Maïga, detido há uma semana, ficou agora em prisão preventiva após ser presente a um juiz do Supremo Tribunal e terá de responder às acusações num julgamento cuja data está ainda por marcar, avançou uma fonte judicial.

“Acreditamos na Justiça, estamos tranquilos à espera do julgamento”, declarou o advogado do ex-primeiro-ministro, Cheick Oumar Konaré, citado pela imprensa internacional.

Oito dos seus antigos colaboradores também foram detidos a 12 de Agosto no âmbito do mesmo caso.

Maïga, uma das figuras do Movimento 5 de Junho – Reunião das Forças Patrióticas (M5-RFP), foi nomeado primeiro-ministro em 2021 pela junta militar liderada pelo general Assimi Goïta, no poder desde 2020, antes de ser demitido no final de 2024 após ter criticado a junta.

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