O País – A verdade como notícia

Milhares de pessoas consideradas ilegais de Ruanda foram expulsas pelo M23 da principal cidade de Goma, no sábado.

Também foram apresentadas milhares de mulheres e crianças, supostamente familiares das pessoas expulsas. Segundo testemunhas, elas foram transportadas em camiões e seus documentos, emitidos pelas autoridades congolesas, foram queimados. O grupo alegou que os documentos eram falsos.

Segundo o Africannews, a maioria das famílias é da região de Karenga, localizada em Kivu do Norte, que estava sob o controle das Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR).

Tanto Kigali quanto o M23 acusam o governo do Congo de apoiar as FDLR, que também cometeu inúmeras atrocidades na região.

Cerca de 360 ​​pessoas foram repatriadas no sábado para Ruanda, de acordo com Eujin Byun, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Rússia e Ucrânia acordaram, na Turquia, a libertação de mil prisioneiros de guerra, de parte a parte, para uma data ainda não revelada publicamente.

Nas primeiras negociações directas entre Rússia e Ucrânia em mais de três anos, ficou acordada a libertação de mil prisioneiros de guerra, de parte a parte, para uma data ainda não revelada publicamente.

Lassy Mbouity, líder do partido de oposição Les Socialistes Congolais e candidato nas eleições presidenciais do Congo em Março de 2026, foi sequestrado, no último domingo, em Brazzaville, por homens armados e mascarados. O sequestro ocorre poucos dias depois de Mbouity sobreviver a uma tentativa de assassinato.

Segundo uma notícia do African News, o partido da oposição culpa o actual Governo do país. “Estamos convencidos de que é o regime ditatorial de Brazzaville que está por trás disso. Não é a primeira vez. Ele já foi preso antes, e as pessoas que foram à sua casa estavam mascaradas, armadas e em um veículo sem placa. É por isso que acreditamos que se trata de um sequestro. Planejamos continuar a mobilização. Não apenas entre os socialistas, mas também entre a população congolesa e a diáspora”, disse Martial Mbourangon Pa’nucci, porta-voz do partido Les Socialistes Congolais.

Vários partidos de oposição se juntaram aos Les Socialistes Congolais para emitir uma declaração conjunta na quinta-feira, para condenar o sequestro e exigir a libertação incondicional de Mbouity.

“Este acto covarde faz parte de uma preocupante escalada de terror, intimidação e violações sistemáticas dos direitos humanos na República do Congo. É uma grave violação da liberdade individual e uma violação directa do Artigo 9 da Constituição de 25 de Outubro de 2015. Exigimos a libertação imediata de Lassy Mbouity”, disse Clément Mierassa, líder do Partido Social-Democrata Congolês.

A Organização de Direitos Humanos do Congo também se juntou ao coro de alarme e emitiu um apelo urgente por ajuda de diplomatas e organismos internacionais.

Alguns agricultores brancos sul-africanos dizem que há na África do Sul mais de 2.5 milhões de hectares agrícolas ociosos, pelo que o país não precisa de expropriação mas sim de reforma agrária para garantir que quem precisa de terra para produzir tenha acesso e até financiamento e treinamento.

Os Estados Unidos da América decidiram lançar uma ofensiva contra a África do Sul devido a alegada expropriação violenta da terra a farmeiros brancos, alguns dos quais foram esta semana recebidos como refugiados em Washington.

Esta semana o Governo sul-africanos respondeu com a realização desta mega feira agrícola em Free State que junta milhares de farmeiros, maioritariamente brancos que expõem o quão poderosa é a agricultura sul-africana. O movimento boer que apoia a reforma agrária diz que a África do Sul não precisa de expropriação de terras:

“Não precisamos da lei de expropriação, mas a lei precisa ser usada em muitas partes do país por razões legais, não precisamos de expropriar terras para fazer a reforma agrária. A reforma agrária é muito importante na África do Sul, mas temos mais de 800 reformas que não estão a ser usadas, temos mais de 2.5 milhões de hectares de terras agrícolas que não estão a ser usados neste momento, e se as pessoas querem fazer agricultura, precisam ser dadas terras agrícolas disponíveis, têm que ser dadas capital e treinamento. Eu acredito que o problema que nós como Movimento de Solidariedade sempre dizemos é que não temos pessoas que tentam fazer agricultura, não temos capital nem conhecimentos essenciais e acesso ao mercad”, disse Jaco Kleynhans.

O Vice-presidente da África do Sul visitou a feira e diz que negros e brancos trabalham juntos na África do Sul para o desenvolvimento do país e que esta exposição é disso exemplo. “Quando interagimos com os agricultores entendemos que eles tem seus próprios desafios que estão bem articulados, estão satisfeitos por ficar aqui e estamos satisfeitos por colaborar com eles, estamos satisfeitos por apoiá-los. Somos um povo feliz na África do Sul, temos nossos desafios mas resolvêmo-los. Encorajo a todos os sul-africanos que fiquem e trabalhemos juntos e construamos juntos este lindo país”, afirmou Paul Mashantile, Vice-Presidente da RSA.

Na próxima Quarta-feira o Presidente Sul-Africano Cyril Ramaphosa reune-se com o seu homólogo norte americano Donald Trump para discutir o tema e evitar que o país vizinho seja alvo de sanções por parte de Washington.

Após o golpe militar liderado pelo general Brice Clotaire Oligui Nguema, em Agosto de 2023, o presidente deposto do Gabão, Ali Bongo, e sua família passaram o tempo trancados em casa ou na prisão.

Mas cinco dias depois que sua esposa Sylvia e seu filho Noureddin foram libertos da prisão e transferidos para prisão domiciliar aguardando julgamento por peculato e lavagem de dinheiro, Bongo e sua família chegaram a Angola.

A dinastia Bongo governou o Gabão por mais de 50 anos antes de ser destituída do poder por um golpe militar pelo general Brice Clotaire Oligui Nguema em 2023.

A saída para o exílio é resultado de um acordo firmado entre o presidente angolano, João Lourenço, e Oligui Nguema, novo presidente do Gabão, segundo um comunicado da presidência angolana partilhado no Facebook .

Segundo o Africannews, João Lourenço foi a Libreville na segunda-feira para estreitar as relações com Oligui Nguema, que foi declarado vencedor das eleições presidenciais no mês passado. Os laços entre os dois países esfriaram um pouco durante o período de transição após o golpe.

A União Africana, actualmente liderada pelo presidente angolano, pediu repetidamente às novas autoridades do Gabão que libertassem Bongo e sua família.

Os advogados de Sylvia e Noureddin Bongo já haviam expressado preocupações sobre o estado de saúde deles durante a detenção na prisão.

O ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, disse que o Governo ainda não havia garantido nenhum novo financiamento para o HIV depois que os EUA cortaram a ajuda. Motsoaledi negou ainda relatos de que seu programa de HIV tenha sido gravemente afectado, escreveu a Reuters.

A iniciativa global de combate ao HIV dos Estados Unidos, PEPFAR, pagava cerca de 17% do orçamento de HIV da África do Sul até que o presidente Donald Trump cortou a ajuda logo após assumir o cargo.

Segundo a Reuters, os testes de carga viral do HIV já havia caído significativamente na África do Sul desde o corte de financiamento, o que, era um sinal claro de que o sistema de saúde estava sob pressão.

Motsoaledi reconheceu que havia alguns problemas, mas disse que era inconcebível que o programa de HIV da África do Sul pudesse entrar em colapso e acusou a mídia de espalhar uma mensagem negativa.

Outrora o epicentro global da crise do HIV/AIDS, a África do Sul fez grandes progressos na redução de casos e mortes nos últimos 20 anos. No entanto, ainda tem a maior carga de HIV do mundo, com um em cada cinco adultos vivendo com o vírus.

O financiamento dos EUA pagou os salários de mais de 15 mil profissionais de saúde, cerca de 8 mil dos quais perderam seus empregos, disse Motsoaledi.

Activistas do HIV interromperam uma sessão parlamentar na Cidade do Cabo na quarta-feira em protesto, exigindo que o estado implementasse um plano de emergência.

Motsoaledi disse que o governo fez progressos com sua campanha “Fechar a Lacuna” neste ano, colocando 520 700 pacientes com HIV em tratamento antirretroviral, de uma meta de 1,1 milhão até o final de 2025, mas alguns ativistas questionaram os números.

O Presidente da África do Sul diz que os sul-africanos brancos refugiados nos EUA são cobardes. Cyril Ramaphosa acredita que o grupo vai regressar em breve ao país, após ter fugido para Washington, esta semana, alegadamente devido ao racismo.

Um grupo composto por 59 sul-africanos brancos fugiu para os EUA, no início da semana, alegadamente por sofrer perseguição racial no seu país de origem. Já na América, a administração de Trump concedeu-lhes o estatuto de refugiados.

Diante da situação, Donald Trump acusou o governo sul-africano de genocidio. Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da África do Sul negou que tenha discriminado o grupo chamado Afrikaners ou bôeres.

“Não há perseguição aos sul-africanos brancos afrikaners na África do Sul. Isto comprova-se através de dados estatísticos do nosso país, incluindo pelos relatórios da polícia, que não apoiam a alegação de perseguição de sul-africanos brancos com base na raça”, disse Ronald Lamola, ministro das Relações Exteriores da África do Sul.

Nesta quinta-feira, o Presidente Sul-africano reagiu. Cyril Ramaphosa chamou o grupo de cobarde, incapaz de enfrentar desafios do país e o passado do Aparteid.

“Como sul-africanos, somos resilientes, não fugimos dos nossos problemas. Temos de ficar aqui e resolver os nossos problemas. Quando se foge, é-se cobarde e isso é um ato de cobardia. Posso apostar que eles voltarão em breve, porque não há país como a África do Sul”, afirmou o Presidente sul-africano.

O governo de Trump praticamente fechou as portas para todas as pessoas que fogem da guerra e fome nos seus países, no entanto, abriu excepção para os africanos, o que levantou muitas críticas. Nas próximas semanas, a administração Trump e o Governo de Ramaphosa deverão reunir-se.

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, expressou nesta terça-feira preocupação com a “escalada perigosa” entre Israel e os rebeldes Huthis, enquanto o exército israelita continua a responder com ataques às ações hostis do grupo iemenita.

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, Grundberg afirmou que “os acontecimentos das últimas semanas são um lembrete claro de que o Iémen está envolvido em tensões regionais mais amplas”. Ele destacou como sinal dessa escalada o ataque realizado em 4 de maio pelo Ansar Allah (denominação oficial dos Huthis) ao aeroporto internacional Ben Gurion, nos arredores de Telavive. Em resposta, Israel bombardeou o aeroporto de Sana e alvos como centrais elétricas e fábricas de cimento, no dia 6 de maio.

A tensão não cessou. Após interceptar mais um míssil disparado pelos Huthis, o exército israelita solicitou hoje a evacuação de três portos sob controle dos rebeldes no Iémen.

Apesar do aumento dos confrontos, Grundberg elogiou o recente acordo de cessar-fogo entre os Huthis e os Estados Unidos, classificando-o como “uma necessária e importante redução da tensão no mar Vermelho”.

Os Huthis têm assumido a autoria de múltiplos ataques com mísseis e drones contra Israel desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas. Alegando solidariedade com os palestinianos, também têm atacado embarcações com ligações a Israel na costa iemenita, especialmente no estratégico mar Vermelho, por onde transita cerca de 12% do comércio global.

Paralelamente, o coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, alertou para o agravamento da crise humanitária no Iémen, revelando que metade das crianças do país — aproximadamente 2,3 milhões — sofre de subnutrição.

A França expulsou vários funcionários argelinos portadores de passaportes diplomáticos sem visto, em retaliação à recente expulsão de 15 agentes diplomáticos franceses pela Argélia. 

O Ministério das Relações Exteriores francês convocou o encarregado de negócios da Argélia para comunicar a decisão, enfatizando que a França se reserva o direito de tomar medidas adicionais dependendo da evolução da situação, escreve o Africannews.

Essa troca de farpas marca uma deterioração significativa nas relações entre os dois países, historicamente complexas devido ao seu passado colonial. As tensões aumentaram no ano passado, quando o presidente francês Emmanuel Macron expressou apoio ao Marrocos na disputa pelo Saara Ocidental, irritando a Argélia. Embora tenha havido uma breve melhora nas relações após a visita do ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, a Argélia, as expulsões recíprocas reacenderam as tensões.

Barrot afirmou que as relações diplomáticas estão agora “totalmente bloqueadas”. Ele classificou a decisão mais recente da Argélia como “injustificada” e prometeu uma resposta forte e proporcional.

As relações tensas têm implicações significativas, afetando a segurança, o comércio e os laços sociais, visto que cerca de 10% da população francesa tem conexões com a Argélia. A ruptura diplomática ressalta a fragilidade do relacionamento entre as duas nações e os desafios de lidar com sua história e interesses geopolíticos compartilhados.

À medida que a situação se desenvolve, ambos os países enfrentam a tarefa de administrar as consequências dessas expulsões diplomáticas e buscar meios para restaurar o diálogo e a cooperação.

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